‘Sou uma pessoa de bem com a vida’

A Entrevista Imprevista questiona os candidatos à Presidência da República com perguntas de teor pessoal iguais para todos. Marques Mendes diz que nunca pensou fumar um charro e que a questão da eutanásia é ‘muito delicada’

Se fizesse o filme da sua vida, qual seria a imagem mais antiga? Até onde vai a sua memória pessoal?

Tenho muito boas memórias da minha infância, do colégio onde estudei, em Fafe, e onde joguei futebol. Guardo com especial carinho a memória dos meus pais, que já partiram. 

Qual seria a imagem mais feliz no filme da sua vida?

Tenho muitas imagens felizes no meu percurso pessoal e profissional. Sou uma pessoa de bem com a vida. O nascimento dos meus filhos e dos meus netos está, sem dúvida, entre esses momentos felizes. 

E a mais triste?

O mais triste o momento em que fiquei sem os meus pais. 

Ainda se lembra do seu primeiro amor? Pensou que era para a vida?

Comecei a namorar cedo com a minha mulher. 

Nunca teve curiosidade em fumar um charro ou dar um cheiro de cocaína?

Nunca tive essa curiosidade.

Quais os três filmes e músicas da sua vida?

Há filmes que são marcantes por motivos diferentes como A Lista de Schindler, O Silêncio dos Inocentes e Doze homens em Fúria. Na música, aprecio muitas das músicas do Carlos do Carmo, que conheci e era uma pessoa encantadora, além do seu talento. Também ouço a Mariza e gosto particularmente da música “Melhor de mim”. 

Qual foi o melhor jogo de futebol (ou de outra modalidade) que viu?

Portugal – Inglaterra no Euro 2004 com prolongamento e penaltis.

Quando foi a primeira vez que votou? E recorda-se em quem votou?

Eu comecei na política ainda antes de ter idade para votar. Por isso, recordo-me perfeitamente das primeiras eleições em que pude votar. Foi no 25 de Abril de 1976.

Se visse um familiar a sofrer horrores, sem qualquer hipótese de melhorar, teria coragem de pedir aos médicos para acabarem com o sofrimento, pedindo-lhes que desligassem as máquinas?

A pergunta remete para a questão da eutanásia, que é muito delicada. Em Portugal, neste momento a lei não o permite. 

Se for eleito Presidente, como vai festejar? Com uma boa ceia acompanhada de um bom vinho? E abrirá uma garrafa de champanhe?

Confesso que ainda não pensei nisso. Estou confiante mas não me deixo deslumbrar por sondagens. Os portugueses decidirão e eu aceitarei com toda a humildade. Certamente que, caso aconteça, estarei acompanhado pela família, amigos e pela equipa que se dedicou na campanha