Adeus BBC

Foi um dos bares-discoteca mais procurados de Lisboa e à porta chegaram a estar autênticas multidões que queriam entrar a todo o custo. Os carros ‘amontoavam-se’ praticamente até ao Museu da Electricidade e, por vezes, os mais temerários mudavam de direcção provocando acidentes graves. Com o passar dos anos, o outrora espaço elitista, para uma…

Nos últimos anos, têm sido muitos os espaços que desaparecem ou mudam de 'filosofia', pois o público que os frequentava cresceu e deixou de sair ou passou a 'viajar' para outras paragens. Parece óbvio que uma casa que não consiga fazer a renovação de público está condenada a fechar. Não é segredo para ninguém que aqueles que vão casando deixam de sair à noite e só regressam esporadicamente ou quando se divorciam. O BBC sofreu desse 'mal' e por isso encerrou um capítulo da 'movida' lisboeta.

O que se segue também não é novo e, diz-se, seguirá o mesmo caminho do Dock's, nas Docas, onde o público africano tomou conta do espaço. Actualmente, são muitas as discotecas que procuram 'apanhar' o público mais endinheirado dos países emergentes, com Angola à cabeça. Veja-se o Guilty, restaurante que vira discoteca depois das 23 horas, aos fins-de-semana, em que as garrafas de champanhe e de whisky de 12 anos são 'anunciadas' com música própria.

Há muito que não ia ao BBC e só soube da festa de encerramento no dia seguinte. Andava pelo meu bar de eleição, o Impossibly Funky, no Lx Factory, onde as modas não andam ao sabor da carneirada e onde os amigos conseguem conversar tranquilamente enquanto pregam partidas a quem se prepara para chegar ou para partir. A bem da diversão.