Governo ainda não desenhou descida da TSU mas sabe que quer menos contratos precários

Passos Coelho admitiu que ainda não tem desenhada a redução da Taxa Social Única (TSU) em dois pontos percentuais, mas avançou que o desagravamento da TSU para as empresas significará melhor segurança no trabalho” e também “combate à precariedade”. O primeiro-ministro falava esta manhã no debate quinzenal no Parlamento.

Governo ainda não desenhou descida da TSU mas sabe que quer menos contratos precários

O assunto foi levado a debate por Catarina Martins. A deputada do BE questionou o chefe do Executivo sobre quantos postos de trabalho serão criados com a redução da taxa. Passos não deu a resposta mas a porta-voz nacional dos bloquistas acabou por a dar: a descida da TSU, em 2,2%, como pretende o Governo, significará a criação de 320 mil postos de trabalho. “Descer dois pontos percentuais na TSU das empresas exige a criação de 320 mil postos de trabalho. É isso que nos vai prometer?”.

A bloquista ficou sem resposta. Passos Coelho preferiu sublinhar que “o problema que temos de atractividade do investimento deve ser tratado do ponto de vista contributivo”, prometendo “apresentar a seu tempo uma medida que torne mais atractiva a criação de emprego combinada com mecanismos de maior segurança no trabalho para diminuir a precariedade”. 

ricrardo.rego@sol.pt