Universidade Católica do Porto: especializações em Direito e Gestão

A Escola de Direito da Católica do Porto já conferiu o grau de mestre em Direito ou em Direito e Gestão a 534 estudantes. Dos 18 diplomados estrangeiros nove eram angolanos. Na mesma faculdade já concluíram os seus doutoramentos 29 especialistas em leis.

"Procuramos aqui maximizar as possibilidades de inserção profissional dos nossos alunos e, com os mestrados em Direito e Direito e Gestão, oferecemos aos licenciados uma grande possibilidade de especialização que lhes permite aceder a determinados nichos de mercado nas profissões jurídicas". Quem o afirma é o director da Escola, Manuel Fontaine Campos, um especialista em Direito da União Europeia e Direito Económico Internacional.

O primeiro destes dois mestrados já funciona desde o final do século passado, com as necessárias adaptações decorrentes do Protocolo de Bolonha e das exigências do mercado.

Além dos vários Seminários que integram os semestres de Inverno e Verão do curso, o mestrado em Direito contempla sete áreas de especialização relevantes do ponto de vista jurídico: Direito Privado; Direito Criminal; Direito da Empresa e dos Negócios; Direito Público, Internacional e Europeu; Direito Administrativo; Direito do Trabalho e Direito Fiscal.

"O carácter distintivo desta oferta formativa é a sua grande especialização, com um grande número de disciplinas na componente lectiva que antecede a fase de elaboração da dissertação de mestrado", sublinha o director que refere ainda que a elevada procura do curso pode vir, no futuro, a determinar a criação de novas áreas de especialização.

Único no Norte do País, para dar uma resposta clara a uma necessidade do tecido empresarial o mestrado em Direito e Gestão forma, desde há cinco anos, profissionais com conhecimentos sólidos em ambos os domínios.

Manuel Fontaine considera que "a interdisciplinaridade, que é fundamental para um estudioso de Direito que queira exercer a sua função junto das empresas" é a sua mais nítida característica distintiva.

É com manifesto agrado que este professor fala dos índices de empregabilidade da escola que dirige: "Estamos no bom caminho! De acordo com o último estudo que foi feito, ao fim de seis meses os nossos mestres têm uma taxa de emprego que atinge os 98 por cento".

Estreitamente ligados à investigação que é desenvolvida na Faculdade, os doutoramentos iniciaram-se há cerca de seis anos.

"O nosso propósito, de início, era o de abrir o curso de dois em dois anos. Mas a procura tem sido tão elevada e constante que acabámos por ser forçados a abri-lo todos os anos", refere Manuel Fontaine.

Trata-se de um doutoramento que integra, no 1º ano, um conjunto de módulos diversificados e ligados às linhas de investigação desenvolvidas no Centro de Estudos e Investigação em Direito, a unidade de investigação jurídica de vocação generalista criada na Faculdade em Novembro de 2012.

Completados esses módulos com sucesso, os estudantes são convidados a desenvolver, durante seis meses e acompanhados por um orientador, um projecto de doutoramento que é submetido a um júri. Sendo aprovado, o doutorando tem então três anos para elaborar a sua tese que, esclarece o director, "pretendemos que continue ligada às linhas de investigação prosseguidas pelo nosso Centro em projectos que envolvem, também, outras entidades e universidades nacionais e estrangeiras".

Estimulada pela participação em feiras internacionais do ensino superior e pelos protocolos celebrados com a Universidade Católica de Angola e com escolas de outros países, os mestrados e doutoramentos na Faculdade têm contado, todos os anos, com alunos provenientes de outros países lusófonos, designadamente Angola, Brasil e Moçambique.

 

Noticia originalmente publicada no especial Mestres e Doutores, que foi distribuído com a edição em papel do SOL de 22/05/2015