"Procuramos aqui maximizar as possibilidades de inserção profissional dos nossos alunos e, com os mestrados em Direito e Direito e Gestão, oferecemos aos licenciados uma grande possibilidade de especialização que lhes permite aceder a determinados nichos de mercado nas profissões jurídicas". Quem o afirma é o director da Escola, Manuel Fontaine Campos, um especialista em Direito da União Europeia e Direito Económico Internacional.
O primeiro destes dois mestrados já funciona desde o final do século passado, com as necessárias adaptações decorrentes do Protocolo de Bolonha e das exigências do mercado.
Além dos vários Seminários que integram os semestres de Inverno e Verão do curso, o mestrado em Direito contempla sete áreas de especialização relevantes do ponto de vista jurídico: Direito Privado; Direito Criminal; Direito da Empresa e dos Negócios; Direito Público, Internacional e Europeu; Direito Administrativo; Direito do Trabalho e Direito Fiscal.
"O carácter distintivo desta oferta formativa é a sua grande especialização, com um grande número de disciplinas na componente lectiva que antecede a fase de elaboração da dissertação de mestrado", sublinha o director que refere ainda que a elevada procura do curso pode vir, no futuro, a determinar a criação de novas áreas de especialização.
Único no Norte do País, para dar uma resposta clara a uma necessidade do tecido empresarial o mestrado em Direito e Gestão forma, desde há cinco anos, profissionais com conhecimentos sólidos em ambos os domínios.
Manuel Fontaine considera que "a interdisciplinaridade, que é fundamental para um estudioso de Direito que queira exercer a sua função junto das empresas" é a sua mais nítida característica distintiva.
É com manifesto agrado que este professor fala dos índices de empregabilidade da escola que dirige: "Estamos no bom caminho! De acordo com o último estudo que foi feito, ao fim de seis meses os nossos mestres têm uma taxa de emprego que atinge os 98 por cento".
Estreitamente ligados à investigação que é desenvolvida na Faculdade, os doutoramentos iniciaram-se há cerca de seis anos.
"O nosso propósito, de início, era o de abrir o curso de dois em dois anos. Mas a procura tem sido tão elevada e constante que acabámos por ser forçados a abri-lo todos os anos", refere Manuel Fontaine.
Trata-se de um doutoramento que integra, no 1º ano, um conjunto de módulos diversificados e ligados às linhas de investigação desenvolvidas no Centro de Estudos e Investigação em Direito, a unidade de investigação jurídica de vocação generalista criada na Faculdade em Novembro de 2012.
Completados esses módulos com sucesso, os estudantes são convidados a desenvolver, durante seis meses e acompanhados por um orientador, um projecto de doutoramento que é submetido a um júri. Sendo aprovado, o doutorando tem então três anos para elaborar a sua tese que, esclarece o director, "pretendemos que continue ligada às linhas de investigação prosseguidas pelo nosso Centro em projectos que envolvem, também, outras entidades e universidades nacionais e estrangeiras".
Estimulada pela participação em feiras internacionais do ensino superior e pelos protocolos celebrados com a Universidade Católica de Angola e com escolas de outros países, os mestrados e doutoramentos na Faculdade têm contado, todos os anos, com alunos provenientes de outros países lusófonos, designadamente Angola, Brasil e Moçambique.
Noticia originalmente publicada no especial Mestres e Doutores, que foi distribuído com a edição em papel do SOL de 22/05/2015