Sócrates. Já foram expedidas três cartas rogatórias na Operação Marquês

As duas juízas da Relação de Lisboa que acolheram as alegações do procurador Rosário Teixeira, rejeitando o recurso de José Sócrates sobre a especial complexidade do processo, concordam que é forçoso “concluir pelo carácter altamente organizado, resultante, aliás, também do seu carácter transnacional”. E, apesar de até hoje não se saber publicamente, a dispersão de…

“Os autos – já com milhares de páginas – evidenciam a vasta dimensão do processo, a extensão das diligências investigatórias já realizadas e das que ainda estão em curso, avultando a essencialidade para o caso do prosseguimento de diligências no sentido de reconstituição de circuitos financeiros […] bem como a análise das cartas rogatórias”, refere o acórdão.

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Além do pedido de auxílio internacional que foi feito inicialmente às autoridades helvéticas e cuja resposta chegou em Fevereiro, a investigação expediu outras duas rogatórias: uma nova para a Suíça e outra para o Reino Unido.

Se no caso dos pedidos feitos às autoridades suíças estão em causa dados relativos às contas em bancos daquele país, do Reino Unido, Rosário Teixeira pretende perceber como funcionava a ligação entre Sócrates e uma offshore de Joaquim Lalanda e Castro, representante da Octapharma, na “ilha de Man, no Reino Unido”.

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