Pelo contrário. Passos pede um segundo mandato para travar os "ziguezagues" da oposição e apela ao voto prudente na coligação 'Portugal à Frente'.
Na mesma ocasião onde há dois anos afirmou "que se lixem as eleições", o primeiro-ministro garantiu que "nunca por nunca trocaremos esta confiança, esta prudência, por resultados eleitorais que nos ajudassem a construir uma solução mais do nosso agrado". E acrescentou, para que não restem dúvidas: o programa da coligação "não traz a salvação mas também não traz o inferno".
E o que vem pela frente é a segunda parte do pacto assumido com os portugueses em 2011, segundo Passos. Se até agora o Executivo arrumou a casa e cumpriu o programa de ajuda externa ("que foi solicitado pelo eng. José Sócrates em 2011", lembrou, numa referência directa ao ex-primeiro-ministro do PS), os próximos quatro anos vão servir para continuar o caminho do crescimento e do emprego. A escolha nas legislativas é, por isso, "decisiva e só será consequentemente se for para valer".
O PSD, garante Passos, "não traz a salvação mas também não traz o inferno". E acenou mais uma vez para o risco do voto no PS depois de quatro anos de esforço colossal. "Agora que esse prémio está ao nosso alcance não vamos desbaratar apenas para poder ter a mira de eleger mais uns quantos deputados", insistiu o líder do PSD no arranque do jantar que reuniu, além dos deputados do PSD, os ministros Luís Marques Guedes, Rui Machete, Poiares Maduro e Nuno Crato.
"Estes quatro anos (os últimos) ficarão na história por muito boas razões", sintetizou Passos Coelho.