Mas agora, ao ver a entrevista de Juncker ao principal diário belga, em que acusa os Executivos de Portugal, Espanha e Grécia de terem dificultado o acordo com os gregos, e usado argumentos eleitoralistas dentro dos seus países (talvez isso explique a derrota do espanhol Guindos à frente do Eurogrupo, perante o ineficaz e inominável presidente que lá está há demasiado tempo), tenho de lhe tirar o chapéu. O homem às vezes põe-se mesmo em bicos de pés (mesmo que imaginemos que o faz sem beliscar Merkel, mas apenas o seu ministro das Finanças, com quem estará em desacordo por esse mesmo motivo). E não concordo nada com Marcelo em achar que ele não devia contar episódios íntimos. Íntimos: com todo o Eurogrupo mais o Conselho Europeu e presenciarem?
Juncker entalou Passos
Penso nunca ter escondido a minha simpatia por Jean-Claude Juncker, sobretudo relativamente aos anteriores presidentes da Comissão Europeia (incluindo o nosso Durão Barroso). No entanto, ultimamente, parecia-me ter ele caído num desatino, que quase o aproximava dos antecessores imediatos, e o distanciava de grandes figuras, como Delors, Jenkins, Ortoli, etc. Passei a penitenciar-me por um…
