Obama e Netanyahu destacam solidez das relações entre EUA e Israel

O Presidente norte-americano, Barack Obama, e o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, realçaram hoje em Washington, mesmo sem esconder as suas divergências, os fortes laços que existem entre os dois países. 

Este foi o primeiro encontro entre Obama e Netanyahu desde outubro de 2014 e o primeiro desde a assinatura do acordo nuclear com o Irão.

Ao receber Netanyahu na Sala Oval (gabinete do Presidente norte-americano), Barack Obama saudou a "ligação extraordinária" que existe entre os Estados Unidos e Israel.

Por sua vez, o primeiro-ministro israelita declarou que este encontro na Casa Branca é uma oportunidade para reforçar "a amizade, que é forte, e a aliança, que é forte" entre os dois países.

"Como já disse muitas vezes, a segurança de Israel é uma das minhas prioridades em termos de política externa", prosseguiu Obama.

Insistindo na ideia que o Estado hebreu tem não só o direito, mas também a obrigação de se defender, o Presidente norte-americano condenou fortemente a vaga de violência que tem recentemente afetado os territórios palestinianos e Jerusalém.

"Condenamos de forma muito forte a violência palestiniana contra cidadãos israelitas inocentes", reforçou o chefe de Estado norte-americano.

Desde 01 de outubro, a recente vaga de violência fez 75 mortos do lado palestiniano, incluindo um árabe israelita, e 10 vítimas mortais do lado israelita nos territórios palestinianos, em Jerusalém ou em outras zonas de Israel.

A maioria das vítimas palestinianas morreu quando planeava ou perpetrava ataques, segundo as autoridades israelitas.

Ladeado por Obama, o primeiro-ministro israelita manifestou a sua determinação para encontrar uma solução para o conflito israelo-palestiniano.

"Não abandonámos as nossas esperanças para a paz, nunca iremos fazer isso" disse o governante israelita, afirmando que o seu compromisso em relação a uma solução de "dois Estados" passa por "um Estado palestiniano desmilitarizado que reconheça o Estado judeu".

Em março último, durante a campanha eleitoral, o primeiro-ministro israelita distanciou-se da ideia de um Estado palestiniano, tendo posteriormente recuperado o conceito após a sua reeleição.

O episódio irritou na altura a Casa Branca, que pediu a Netanyahu para mostrar um "compromisso genuíno" em relação a uma solução de dois Estados.

Ainda diante da comunicação social na Casa Branca, Obama disse que pretendia abordar no encontro com Netanyahu o acordo sobre o programa nuclear iraniano, alcançado no verão passado em Viena (Áustria), sublinhando que "o profundo desacordo" com o primeiro-ministro israelita sobre esta matéria "não era segredo para ninguém".

Lusa/SOL