Paulo Portas perto de fechar um acordo com TVI

Paulo Portas deixa o parlamento no fim do mês e está próximo de anunciar a assinatura de um contrato com a TVI para um programa de comentário político de que será protagonista. O modelo, apurou o i, não será o clássico “professor Marcelo” habitualmente utilizado nas televisões. Portas não irá comentar a atualidade interpelado por…

A saída do parlamento tinha sido anunciada por Paulo Portas em simultâneo com o anúncio de que abandonaria a liderança do CDS, coisa que se consumou no Congresso de março que elegeu Assunção Cristas líder do partido. Na altura, Portas afirmou que se iria dedicar a trabalhar em empresas – foi entretanto eleito vice-presidente da Câmara de Comércio e Indústria. Mas irá ocupar outros cargos no âmbito empresarial, que deverão ser anunciados depois da sua saída da Assembleia da República.

Segundo fonte próxima de Paulo Portas, a manutenção do ex-líder no cargo de deputado até ao fim de maio foi articulada com a nova presidente do partido Assunção Cristas. Portas fez questão de acompanhar de perto a transição na liderança.
Eleito deputado pela primeira vez em 1995 – quando abandonou a direção do semanário “O Independente” – Portas era, até agora, o líder de um partido há mais tempo no cargo.

Depois de ter sido pela primeira vez eleito presidente do CDS em 1998, Portas demitiu-se depois da derrota eleitoral de 2005. Mas o interlúdio na liderança durou pouco tempo. Com um grupo parlamentar que foi sempre fiel a Portas, a vida do seu sucessor José Ribeiro e Castro não foi fácil. Dois anos depois, em 2007, Portas estava de regresso à presidência do CDS.

Belém 2026?

Aos 53 anos, Portas muda agora radicalmente de vida, mas isso pode não ser uma despedida para sempre da política. Foi o próprio Portas a alimentar uma possível candidatura à Presidência da Republica em 2026, já sugerida por Pires de Lima e Santana Lopes. No congresso do CDS, em março, disse: “Não se preocupem com a pergunta ‘o que é que ele vai fazer daqui a dez anos’. No mundo em que nós vivemos qualquer especulação superior a seis meses é no mínimo atrevimento”.