Qual foi a fonte da TVI no caso Banif? O PSD tem mais uma teoria

O PSD continua a insistir na importância que a notícia da TVI sobre uma alegada resolução iminente do Banif teve no que aconteceu ao banco.

Qual foi a fonte da TVI no caso Banif? O PSD tem mais uma teoria

O PSD continua a insistir na importância que a notícia da TVI sobre uma alegada resolução iminente do Banif teve no que aconteceu ao banco. Com Mário Centeno novamente a responder na Comissão de Inquérito, Carlos Abreu Amorim voltou ao tema. E desta vez até trouxe um documento que acredita estar na origem da peça da estação dee Queluz.

Com uma carta assinada por Mário Centeno e datada de 13 de dezembro de 2015, Abreu Amorim tentou fazer valer a tese de que esse teria sido o documento na base da informação da TVI e que, assim sendo, a fonte teria de estar no gabinete do ministro das Finanças.

"Pode garantir que a informação não veio do Governo?", foi perguntando insistentemente, depois de fazer distribuir pela Comissão uma carta do Ministério das Finanças para a Comissão Europeia que na prática é um formulário para um pedido de resolução do banco e que Mário Centeno assegurou ser apenas uma espécie de plano B, numa altura em que o Governo não tinha ainda recebido qualquer proposta para a venda do Banif, mas continuava a acreditar ser possível a sua alienação.

"Esse documento acompanha uma carta de compromisso onde se assumem os dois cenários [resolução e venda voluntária]", esclareceu o ministro, depois de ter sido apanhado de surpresa pela carta a que os sociais-democratas tiveram acesso.

Mário Centeno nunca conseguiu ser tão taxativo na resposta à pergunta sobre se a fonte da TVI estaria no seu gabinete, como Carlos Abreu Amorim insistiu para que fosse, mas lá foi assegurando que não teve nesse dia 13 de dezembro qualquer contacto com a jornalista do canal responsável pela notícia.

"Não sei como o dr. Sérgio Figueiredo teve essa informação", foi repetindo Centeno, adiantando não poder falar em nome do seu gabinete. "Só posso responder por mim".

Apesar disso, o ministro das Finanças mostrou-se pouco convencido sobre a tese proposta pelo PSD, lembrando que "a notícia da TVI fala na Caixa Geral de Depósitos" e que não há nessa carta qualquer referência ao banco público.

Na verdade, a versão apresentada pelo diretor de Informação da TVI na Comissão de Inquérito parece também desmentir a teoria apresentada por Carlos Abreu Amorim.

No Parlamento, Sérgio Figueiredo assegurou que a informação se baseava em "fontes documentais", mas fez alusão a uma carta de Carlos Costa a Mário Centeno e não a um documento assinado pelo ministro.

 “Se eu tenho uma carta do governador para o ministro das Finanças, do dia anterior à notícia,é suficiente para avançar com a notícia da TVI”, disse quando foi ouvido na Comissão.