Férias low-cost. Soluções destinadas a quem quer poupar

Há formas para todos os gostos e preços sem comprometer o seu orçamento familiar

Gastar o menos possível nas férias é um dos grandes desejos dos portugueses. Não há soluções mágicas, mas há sempre pequenos truques que pode seguir de forma a poder beneficiar dos tão desejados dias de descanso sem comprometer o seu orçamento familiar. Definir com antecedência o destino, o plano de viagem e o que pretende gastar pode fazer toda a diferença.

Mas os cuidados não devem ficar por aqui. O ideal é comparar preços e procurar promoções de última hora, principalmente na internet. Por vezes, ao comprar online consegue usufruir de taxas e custos reduzidos. Optar por destinos menos turísticos poderá fazer muita diferença em termos económicos.

Tente ser flexível nos horários e nas datas. As viagens ao fim de semana têm maior procura e são mais caras. O ideal é experimentar dias e até horas diferentes. E no caso de viajar de avião, compre passagens de ida e volta com antecedência. Há boas oportunidades de última hora, mas uma reserva com a maior antecipação possível permite preços mais baixos (ver coluna ao lado).

Pode ainda optar por alojamentos em apartamento em detrimento dos hotéis, e neste caso pode confecionar as suas refeições em casa. Para isso, o ideal é fazer um planeamento das refeições, para uma única ida ao supermercado eficaz em termos de tempo e dinheiro.

Outra regra de ouro a seguir diz respeito à forma de pagamento. Pague as despesas a pronto. Além disso, há algumas agências que permitem pagar em prestações com taxa zero. No entanto, convém verificar se não está a comprar uma viagem mais cara. O objetivo é planear o descanso sem ficar escaldado com os juros.

E recorrer ao crédito? Não se esqueça que os bancos e sociedades financeiras também têm financiamento para viagens, mas quase nunca compensam. Mesmo assim, se recorrer ao crédito, use a TAEG (taxa anual efetiva global) como termo de comparação, pois reflete o custo real do empréstimo.

A verdade é que, face aos atuais orçamentos familiares, nem sempre é possível fugir do crédito. Se for esse o seu caso, outra forma de fazer férias é usar o cartão de crédito e liquidar a dívida nos 20 a 50 dias seguintes. Mas esta modalidade fica limitada ao valor do crédito disponibilizado pelo banco (plafond). Caso o seu cartão tenha programa de cash-back, recebe uma percentagem da despesa. A maioria associa também pacotes de seguros que cobrem alguns imprevistos. As coberturas mais importantes são assistência em viagem, despesas de tratamento e acidentes pessoais. Caso pretenda um destino mais caro que nem a agência nem o cartão permitem pagar sem custos acrescidos, e ponderada a hipótese de recorrer ao financiamento, considere as modalidades de pagamento com juros. Se precisa de um valor reduzido (por exemplo, até 1500 euros) e prevê pagar a dívida no prazo de três a seis meses, o cartão de crédito é uma boa opção.

A conta-ordenado é uma alternativa ao cartão, mas o crédito disponível tem um valor idêntico ao do vencimento e o cliente começa a pagar juros logo que usa o saldo descoberto. Mas se não pode pagar a dívida nos três a seis meses seguintes, restam-lhe opções que implicam mais burocracia e mais tempo para formalizar (cerca de duas semanas). O crédito com penhor de uma aplicação financeira, como uma conta-poupança ou um fundo de investimento, é mais barato do que o crédito pessoal tradicional, já que o cliente apresenta uma garantia real. Contudo, a aplicação deve ter um valor igual ou superior ao montante do empréstimo e não pode ser movimentada enquanto o crédito estiver ativo.

Recorrer à tecnologia No caso de optar por viajar em território nacional, recorra às novas tecnologias para o ajudarem a poupar nestes merecidos dias de descanso. Há aplicações nos telemóveis e nos tablets que lhe indicam o caminho mais rápido e económico para chegar ao destino, fazem reservas, encontram um restaurante e até servem de guia turístico. Ou seja, em poucos minutos organizam-lhe as férias.

Para fugir ao trânsito recorra à aplicação da Estradas de Portugal ou da Brisa. Mas se for para fora, mais concretamente para a Europa, recorra ao Google Maps, ao TomTom Places ou ao ViaMichelin Traffic. Este último cobre um número mais reduzido de países (Portugal não incluído). Estas aplicações recorrem à ligação de dados para receber e enviar informações, pelo que deve estar a par do custo de roaming.

Também pode saber antecipadamente o preço dos combustíveis com as aplicações Gasol by Optimus e Mais Gasolina. As duas permitem consultar o preço por bomba e a localização. Pode ainda procurar os preços mais baratos por tipo de combustível (gasolina/gasóleo), por cidade ou por distrito. Se a primeira funciona claramente melhor no iPhone, a segunda está apenas disponível para Android.