Ministro da Defesa admite intervir no caso da morte nos Comandos

Mas só após a conclusão das duas investigações que decorrem

O ministro da Defesa diz estar a acompanhar "com muita preocupação" os incidentes registados durante os treinos do curso de Comandos, que registou a morte no domingo e o internamento hospitalar durante a semana de pelo menos mais quatro militares.

Azeredo Lopes refere-se não só à vítima mortal como "outros incidentes num número que é objetivamente elevado". Além do inquérito instaurado pelo chefe do Estado-Maior do Exército, a Procuradoria-Geral da República também abriu uma investigação, decisão que Azeredo Lopes acolheu com "serenidade".

"Acho que é importante que possa haver vários olhares sobre a mesma realidade", defendeu.

Mesmo aceitando que as forças especiais como os Comandos envolvam treinos mais intensos, o ministro entende que deve acompanhar o caso. "Não impede o responsável político, neste caso o ministro, de estar muito atento para verificar se, com esse grau de exigência que pressupõe o facto de tratar-se de forças desta natureza, se todos os procedimentos foram cumpridos e não se levou longe demais esse esforço", justificou.

Azeredo Lopes garante que só intervirá após a divulgação das conclusões dos dois inquéritos.