CGD. Mourinho Félix deve “assumir as consequências políticas”, diz Rangel

O eurodeputado do PSD não poupou críticas à decisão do governo de enviar Domingues a Bruxelas negociar a recapitalização do banco público, quando ainda era administrador do BPI.

A novela da Caixa Geral de Depósitos continua e parece estar longe do fim. Esta quinta-feira, Paulo Rangel instou o secretário de Estado Ricardo Mourinho Félix a “assumir as consequências políticas” de o Governo ter enviado António Domingues a Bruxelas negociar a recapitalização da Caixa Geral de Depósitos, quando ainda era administrador do BPI.

Para o eurodeputado do PSD, tratou-se de um ato “totalmente contrário à transparência, à ética republicana e é revelador da enorme falta de consideração que este Governo tem pelos contribuintes”.

“Perante o reconhecimento público feito pelo Secretário de Estado Adjunto, do Tesouro e Finanças de que o Governo português mandatou um administrador de um banco privado para negociar o futuro da Caixa Geral de Depósitos creio que só resta ao responsável que o Governo designou para gerir esta pasta, o Secretário de Estado Ricardo Mourinho Félix assumir as consequências políticas deste ato que é totalmente contrário à transparência, à ética republicana e é revelador da enorme falta de consideração que este Governo tem pelos contribuintes”, lê-se na página de Facebook do social-democrata.

Numa outra publicação, Rangel considera que o primeiro-ministro deve esclarecer “tudo, mas tudo” sobre o banco público. “Que papel teve ele no acordo para a isenção de obrigação de entrega da declaração de rendimentos? E agora, com este novo esclarecimento, como mandatou alguém para negociar a recapitalização da Caixa quando esse alguém era ainda administrador de outro banco e nem sequer tinha garantido que aceitaria o futuro cargo na Caixa?”, refere ainda.