Os macacos e os cães julgam-nos sempre que fazemos algo de errado. Saiba como

Macacos e cães gostam mais de pessoas que são “simpáticas” para eles 

Segundo avança a revista New Scientist, e de acordo com um estudo levado a cabo por investigadores da Universidade de Quioto, no Japão, tanto os cães como os macacos possuem um enorme sentido de justiça e moralidade, o que faz com que estes sintam mais empatia pelas pessoas e fazem boas ações e agem de acordo com aquilo que está certo.

A investigação publicada pela Neuroscience and Biobehavorial Reviews, baseou-se em diversas versões de um exercício experimental protagonizado por três pessoas.

Primeiramente, começaram por tentar provar se os macacos têm alguma preferência ou gostam mais das pessoas que ajudam os outros. Para isso, um desses animais presenciou a simulação de uma pessoa com dificuldade em abrir um recipiente com um brinquedo lá dentro. De seguida, foi dada essa embalagem a uma segunda pessoa que, umas vezes a ajudava, e outras vezes se recusava a tal. A terceira pessoa estava a assistir e estava encarregada de intervir caso algo coisa corresse mal.

A resposta e reação por parte do animal surgiu mais tarde, quando as duas pessoas da simulação anterior lhe deram comida. O macaco teve receio de aceitá-la da pessoa que se havia negado a oferecer ajuda. Já no que diz respeito à comida dada pela pessoa simpática, não mostrou qualquer hesitação. Os cães também tiveram a mesma reação.

Para além de estudarem o sentido de moralidade, os cientistas estudaram também o sentido de justiça destes animais. Foi então realizado outro teste, mas desta vez utilizando bolas.

Uma pessoa pediu que outra lhe lançasse três bolas. Depois disso, a primeira pessoa voltou a pedir que as bolas lhe fossem lançadas, e assim sucessivamente. Contudo, havia vezes em que as bolas eram mesmo lançadas e outras em que isso não acontecia.

Os macacos mostraram ter mais confiança e recetividade à pessoa que lhes passou mais vezes as bolas.

De acordo com o psicólogo e um dos principais autores da investigação, James Anderson, “se alguém demonstra um comportamento anti-social, eles [macacos e cães] vão acabar por cortar as relações emocionais com essa pessoa”, revelou em declarações à New Scientist.