Francisco não rezou as últimas três Avé Marias do terço, mas há um motivo

De maio a outubro, nos chamadas cerimónias aniversárias do 12 de maio, o santuário de Fátima tem a tradição de rezar o terço sem as últimas três Avé Marias

Francisco retirou-se ontem do santuário de Fátima sem terem sido rezadas as últimas três Avé Marias do terço, que é costume sucederem a oração dos cinco mistérios. Segundo o i esclareceu junto de fonte do santuário, esta é uma tradição em Fátima nos 12 de maios das chamadas cerimónias aniversárias, que se realizam de maio a outubro assinalando as datas das aparições de 1917. A opção prende-se com o facto de, depois da procissão das velas, ser celebrada uma missa. Numa oração habitual do terço, além destas últimas três orações, a igreja tem a tradição de rezar a oração "Salvé Rainha", que nestas ocasiões também não é proferida em Fátima, como aconteceu na noite de ontem.

Depois da oração do quinto mistério do terço, com as primeiras cinco Avé Marias rezadas em alemão e as restantes cinco em polaco, o coro cantou o "Glória" e foram rezadas outras orações habituais no final das dezenas. O coro começou depois um novo cântico e foi nesse momento que Francisco foi abordado pelo chefe de segurança, Domenico Giani, preprando-se para abandonar o recinto. Francisco iria ainda tocar na imagem de Nossa Senhora antes de se retirar.

Segundo o guião da cerimónia, disponibilizado pelo Vaticano há alguns dias, a saída de Francisco já estava prevista para este momento, indicando que, no final do rosário, seguir-se-ia a procissão das velas, presidida pelo cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado do Vaticano.