PIB com maior crescimento em dez anos

A economia portuguesa teve no primeiro trimestre e por comparação com o mesmo período de 2016, o maior crescimento em dez anos, impulsionada pelas exportações, de bens e serviços, e pelo investimento. 

“O Produto Interno Bruto (PIB), em termos homólogos, aumentou 2,8% em volume no primeiro trimestre de 2017”, revela o Instituto Nacional de Estatística (INE). Este crescimento é o melhor registo desde o quarto trimestre de 2007.

Segundo o INE, “esta evolução resultou do maior contributo da procura externa líquida, em consequência da aceleração mais acentuada das Exportações de Bens e Serviços que a observada nas Importações de Bens e Serviços”.

Por comparação com os primeiros três meses de 2016, a taxa de exportações foi de 9.7%, o maior crescimento desde o quarto trimestre de 2013. As vendas de serviços ao estrangeiro subiram 10,9% e as de bens 9,2%.

Já as importações de bens aumentaram 7,7% e as de serviços 10,4%. A taxa de variação homóloga das exportações fixou-se nos 9,7%, o maior crescimento desde o quarto trimestre de 2013. Os serviços aumentaram 10,9% e os bens 9,2%. Já as importações subiram 8%, também com um maior crescimento nos serviços (10,4%) e menor nos bens (7,7%)

Assim, revela o INE, a “aceleração do PIB no 1º trimestre de 2017 resultou do aumento do contributo da procura externa líquida, uma vez que a procura interna apresentou um contributo inferior”.

Já o investimento tem estado sempre a subir. No último trimestre de 2016 tinha subido 3,6% e nos primeiros três meses do ano aumentou 5,5%. A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) – aquilo a que se designa normalmente investimento – avançou 8,9%.

A última vez que este indicador tinha crescido a este ritmo tinha sido em 1998. No final de 2015 tinha chegado a 8,8%. A construção e outras máquinas e equipamentos foram os alicerces deste crescimento.

“A FBCF em Construção foi a componente que mais contribuiu para o crescimento da FBCF no 1º trimestre, registando um aumento homólogo de 8,5% em termos reais (1,5% no trimestre anterior)”, explica o INE.