Reconhecido internacionalmente, este dia ganha dimensão numa sociedade em que pais ultra atarefados e stressados tentam compensar os seus filhos pelo pouco tempo que têm para eles.
Consumo e prendas à parte – para quem as dá e para as marcas que aproveitam esta oportunidade – quero focar-me nas crianças para comprovar o enorme poder dos conteúdos no paradigma de comunicação atual.
Se é certo que os adultos se movem por conteúdos e escolhem com precisão o que consideram importante, tal é ainda mais extremo com as crianças.
Hoje em dia não basta ligar um canal infantil e ver o que está a dar. Hoje eles querem ver a Patrulha Pata, o Mickey, A Guarda do Leão, os PJ Masks, ou outro qualquer da sua preferência.
As crianças querem escolher. E podem escolher.
Com as boxes TV ou simplesmente com o Youtube, as gerações de hoje estão habituadas a ver o que querem, a fazer a sua própria programação e a saltar de conteúdo em conteúdo conforme o seu estado de espírito.
Um comportamento que muitos julgarão prematuro, mas que corresponde à mais genuína característica das crianças que buscam sempre o que lhes dá prazer.
Alguns poderão achar que estão mimados, outros que estão birrentos ou outros até que assim é que eles estão bem; independentemente da opinião, e sem qualquer juízo de valor, a verdade é que as crianças têm hoje acesso a conteúdos variados, a opções tecnológicas e a novas atividades que em tudo revolucionam a sua infância.
Ora com os adultos não é muito diferente. Também queremos escolher, também só vemos o que queremos, também somos influenciados pelos nossos amigos, também saltamos de conteúdo em conteúdo. Estaremos nós mais mimados?
É certo que esta nova era tecnológica e novas soluções como Netflix, gravações na box, entre outras, mudaram o nosso consumo de conteúdos e deram ao consumidor um poder extra. Hoje não dependemos do que um qualquer diretor de programas decide, hoje fazemos a nossa própria grelha. E não a vemos só na TV, vemos no tablet, no telemóvel, on the go…
Esta mudança de paradigma define hoje a estratégia das marcas e obriga-as a estar presentes nos conteúdos, a criar conteúdos relevantes, a assumir parcerias de interesse para o seu público-alvo, a partilhar o que é valioso e a enriquecer o dia-a-dia do seu consumidor.
A satisfazer as vontades das ‘crianças’ que consomem a sua marca.
O conteúdo certo revela-se assim como o santo graal que as marcas buscam constantemente.
Lá em casa o conteúdo certo varia entre ‘Mãe Patrulha Pata!’… ‘Mãe Masha e Urso!’… ‘Mãe Mickey’.
E como seria bom se bastasse eu gritar: «Mãe House of Cards!» para ter a certeza que o mundo parava e me deixava aproveitar também os meus conteúdos preferidos.
Diretora Criativa Havas Sports & Entertainment