Os sítios onde eu estive

Numa encarnação passada, viajei razoavelmente. Bruxelas (onde vivia), Londres, Paris, Marrackech, só para dar alguns exemplos. E o que têm estas cidades em comum? Terem sido alvos, nos últimos dois anos, de ataques terroristas.

O que é inqualificável, e deixa-me bastante triste. De facto, deixa-me com a alma quebrada. Apesar de a Europa

Ocidental ter passado pelos “anos de chumbo” dos anos 1970 e 1980 (com o IRA no Reino Unido, as Brigadas Vermelhas em Itália, a ETA em Espanha, os Baader Mainhof na Alemanha, as FP-25 em Portugal), este terrorismo é diferente, porque é alimentado pelo fundamentalismo religioso. Isto, apesar de a maioria dos muçulmanos serem pessoas ordeiras e pacatas, não embarcando em nenhum tipo de ataques, como este tipo de atentados “low-tech, low-cost” (baixa tecnologia, baixo custo, como acelerar com um veículo automóvel contra uma multidão, e depois sair do automóvel e começar a esfaquear quem passa).

Não sei o que mais escrever. Só que devemos ser firmes, não abdicando dos nossos valores e do nosso estilo de vida. Não podemos ceder ao medo. Somos as nações das liberdades, e por isso somos mais fortes do que eles.
Ainda assim, morreram ontem sete pessoas devido aos atentados, e a julgar pelo número de feridos graves internados nos hospitais londrinos, é natural que esse número venha a aumentar. 

Resta-me endereçar as minhas condolências às famílias das vítimas. E escrever que, de cada vez que um sítio que eu conheço é atacado, é um pedaço da minha alma que também morre.