Altice acelera programa de expansão de rede de fibra ótica

A operadora tinha como meta atingir 5,3 milhões de casas fibradas até 2020, neste momento já conta com quatro milhões de casas e empresas

O programa de expansão de rede de fibra da PT continua em passo acelerado. A meta mantém-se: alcançar 5,3 milhões de casas fibradas até 2020, mas neste momento, a operadora já chegou a quatro milhões de casas e empresas. Um número acima do que estava previsto quando anunciou em 2015 este programa e que previa atingir 3,5 milhões de clientes. A Altice assume-se assim como o maior investidor tecnológico em Portugal. A ideia, segundo a empresa, é tornar o país num dos primeiros países da Europa a ter cobertura quase integral de rede de fibra ótica. “Este investimento em fibra ótica em Portugal contribui ativamente para o desenvolvimento e competitividade da economia local e nacional, ao mesmo tempo que atenua as desigualdades territoriais ao levar a fibra ótica a locais onde até agora existia apenas uma única opção de tecnologia”, revela a empresa.

“As redes de nova geração são críticas para podermos oferecer aos nossos clientes uma experiência ímpar”, revelou ontem a CEO Cláudia Goya durante a conferência de imprensa para assinalar este marco de quatro milhões, chamando ainda a atenção para o forte investimento do grupo em infraestruturas, o que vai posicionar a PT como um grande caso de sucesso não só em Portugal mas no mundo.

Desde o último trimestre de 2015, a PT levou a fibra a 1,5 milhões de casas, o que significa que todos os dias chega a 2800 novas residências, o que representa 75 mil a 85 mil novos lares por mês, um “investimento quase único no mundo”, detalhou Alexandre Fonseca, diretor de tecnologia da operadora.

Segundo as contas do diretor de vendas da empresa, João Epifânio, existem 5,9 milhões de casas em todo o país, pelo que este marco alcançado pela PT representa a “cobertura de 66%, o que contrasta com 24% de média europeia. Estamos na linha da frente na inovação e redes de alto débito”, revelou.

Ainda em relação a este investimento, Alexandre Fonseca destacou a sua importância para a “diminuição” das assimetrias regionais. “Estamos a ir a Castelo Branco, Ferreira do Zêzere e não apenas nas grandes cidades”, realçou o diretor de tecnologia da empresa.

Tecnologia made in Portugal

A PT anunciou ainda um novo equipamento made in Portugal:Fiber Gateway – desenvolvido pela Altice Labs, sediada em Aveiro – e que no entender da operadora “vai trazer uma nova e enriquecedora experiência para casa dos clientes MEO, pois oferece melhor cobertura WiFi e velocidades até 10 vezes mais rápidas, permitindo manter alta performance com mais equipamentos ligados em simultâneo à internet.

“Tudo o que aqui está dentro foi desenvolvido, inventado, produzido integralmente em Portugal, fabricado por engenheiros portugueses, em Aveiro, a partir de uma folha em branco. Até o enchimento em plástico é aqui feito”, referiu Alexandre Fonseca.

Os laboratórios “albergam 700 engenheiros altamente qualificados, a desenvolver hardware e software que vai chegar a 35 países, em cinco continentes e 250 milhões de pessoas”, destacou, acrescentando ainda que a Altice Labs é um dos maiores fabricantes mundiais de tecnologia. “O ecossistema de Aveiro é concorrente com outros que fazem tecnologia ótica”, frisou. “Uma irmã gémea desta caixa já está nos EUA”, salientou.

Para assinalar a chegada da fibra a 4 milhões de casas, a MEO lançou em exclusivo pacotes de nova geração com as maiores velocidades de internet fixa disponíveis no mercado nacional. Estão assim disponíveis quatro novos pacotes (2P/3P/4P e 5P) com velocidades “Gigabit” ou seja com capacidade de download de 1.000 Mbps por segundo e 200 Mbps de Upload, que “vão permitir a democratização do acesso a um serviço de elevado débito”: Estes pacotes estarão disponíveis a partir dos 44,99 euros.