EUA estão a deixar ‘avisos’ a países africanos com ligações militares e diplomáticas com a Coreia do Norte

Os Estados Unidos da América têm vindo a aumentar, cada vez mais, a pressão sobre os países africanos (Angola e Moçambique) que mantêm ligações diplomáticas e militares com a Coreia do Norte, de maneira a limitar o financiamento internacional do programa nuclear do país liderado por Pyongang.

Segundo escreve o Financial Times, as autoridades norte-americanas pretendem que os países africanos expulsem os trabalhadores da Coreia do Norte, alegando que as 13 embaixadas existentes no continente africano são, para o líder norte coreano, “máquinas de fazer dinheiro”.

A Casa Branca diz que a Coreia do Norte tem estado a desenvolver mísseis nucleares capazes de atingir diversas cidades nos EUA, utilizando a cooperação militar e os negócios de armamento com Estados de África para conseguir obter a moeda estrangeira.

Segundo as contas feitas por Washington, a Coreia do Norte já fez, pelo menos, 100 milhões de dólares (cerca de 80 milhões de euros) através da venda de armas, contratos de construção, contrabando e treinos militares.

Para os EUA este valor pode não ser relevante, tendo o chefe do Centro Africano no Conselho Atlântico referido que são apenas “trocos”, mas é “bastante significativo para o regime dados os constrangimentos das suas finanças”.

O Financial Times refere que existe uma avenida em Maputo (Moçambique) com o nome de Kim II Sung – o fundador da Coreia do Norte – e que “vários Estados africanos, incluindo Angola, Moçambique e o Zimbabué, têm mantido ligações próximas com a Coreia do Norte desde a ‘guerra fria’, quando Pyongyang ofereceu apoio material e ideológico aos movimentos de libertação”.