Síria. Rússia e Al-Assad retaliam com bombarbeamentos maciços

Há alguns dias um caça russo foi abatido por rebeldes na Síria

Em retaliação pela destruição de um avião e consequente morte de um piloto russo, aviões russos e sírios bombardearam várias cidades e vilas no noroeste da Síria, na província de Idlib. É o maior bombardeamento no espaço de um ano.

Segundo grupos de monitorização referidos pelo jornal britânico "The Guardian", os aviões russos e sírios realizaram mais de 150 bombardeamentos desde domingo, entre mais algumas dúzias a terem como alvos cidades da província. Pelo menos três pessoas morreram hoje de manhã na vila de Termala. 

Os bombardeadeamentos foram uma resposta pela morte do piloto Major Roman Filipov, que se suicidou com uma granada para evitar ser capturado por rebeldes. 

Por sua vez, as Nações Unidas apelaram a uma trégua de um mês para evitar mais derramamento de sangue e para que centenas de milhar de civis recebam assistência humanitária. 

Ao contrário do que se pensava depois de alcançado um acordo entre a Rússia, Turquia e Irão, Idlib deveria representar uma zona onde os combates diminuiriam para abrir caminho para negociações mais aprofundadas. Porém, refugiados e habitantes locais afirmam recear que a cidade se transforme numa zona de morte. 

"A situação é mesmo muito má, porque os ataques estão a ter como alvo toda a zona, incluindo a cidade de Idlib, Maarat al-Numan, Kafranbel e uma série de zonas residenciais, que está a deixar um enorme número de feridos", explicou Ahmad al-Dbis, diretor de segurança da União dos Cuidados Médicos. "Há um enorme exodo de Idlib e Maarat-Al Numan, bem como de aldeias e campos de refugiados. [Há] massacres a que os serviços de emergência não conseguem responder porque até mesmo as ambulâncias são alvos", complementou.