Escutas revelam esquema entre Rangel e a ex-mulher

Estão em causa crimes de corrupção, tráfico de influências, branqueamento de capitais e fraude fiscal

Os investigadores da Operação Lex acreditam que Fátima Galante, juíza na 6ª secção cível do Tribunal da Relação de Lisboa, ajudava o ex-marido Rui Rangel, na 9ª secção criminal, a proferir acórdãos nos quais existe a suspeita de corrupção.

Esta é, segundo o Correio da Manhã, uma das conclusões a que a investigação chegou depois de analisar as escutas telefónicas a que os magistrados foram sujeitos ao longo de vários meses.

Rangel e Galante foram confrontados com esta situação ontem, durante o primeiro interrogatório no Supremo Tribunal de Justiça. Ambos decidiram ficar em silêncio.

Vários crimes

Quanto aos casos de corrupção, existem alguns com processos pendentes na Relação. É a situação em que se encontra, por exemplo, José Veiga – a investigação detetou a transferência de cerca de 300 mil euros do empresário para a esfera de Rangel.

Há também casos de tráfico de influências: o que mais deu de falar foi o do presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, que a investigação suspeita que tenha pedido ajuda a Rangel para agilizar um processo do filho no Tribunal de Sintra.

Existe também a suspeita de branqueamento de capitais (com recurso a testas de ferro) e fraude fiscal.