Maria Teresa Horta, Irene Flunser Pimentel e Magda Pinheiro distinguidas com os Prémios Máxima

A escritora Maria Teresa Horta e as historiadoras Irene Flunser Pimentel e Magda Pinheiro foram distinguidas este ano com o Prémio Máxima Literatura, nas respectivas categorias, divulgou hoje esta revista.

o romance as luzes de leonor, de maria teresa horta, actualmente na 5.ª edição, inspirado na figura de leonor de almeida portugal, a 4.ª marquesa de alorna, antepassada da própria autora, foi distinguido com o prémio máxima de literatura.

esta obra encontra-se entre os finalistas do prémio pen e do grande prémio de romance e novela da associação portuguesa de escritores, e foi distinguida com o prémio d. dinis da fundação casa de mateus, galardão que a autora se recusou a receber das mãos do primeiro-ministro pedro passos coelho, o que levou ao cancelamento da cerimónia de entrega.

«na realidade eu não poderia, com coerência, ficar bem comigo mesma, receber um prémio literário que me honra tanto, cujo júri é formado por poetas, os meus pares mais próximos – pois sou sobretudo uma poetisa, e que me honra imenso -, ir receber esse prémio das mãos de uma pessoa que está empenhada em destruir o nosso país», explicou na altura maria teresa horta à agência lusa.

esta é a segunda vez que a poetisa recebe o galardão máxima. em 2010 foi distinguida com o prémio máxima vida literária pela poesia reunida.

o prémio máxima ensaio distinguiu a obra a cada um o seu lugar – a política feminina do estado novo, de irene flunser pimentel.

a historiadora, que recebeu o prémio pessoa em 2007, tinha sido distinguida em 2008 com o prémio especial do júri pela obra a história da pide.

este ano o prémio especial do júri foi para biografia de lisboa, de magda pinheiro.

«pela mão de uma especialista em história urbana, percorremos a vida da capital, desde a lenda de ulisses até aos dias de hoje, através de histórias do quotidiano, dos bairros, das ruas, e de momentos que marcaram a história do país», escreve a revista no comunicado enviado.

o júri do prémio máxima de literatura 2012 foi presidido por laura luzes torres e constituído também por maria helena mira mateus, leonor xavier, antónio carvalho e valter hugo mãe, que, em conjunto, decidiram não atribuir o prémio revelação.

«o objectivo deste prémio, agora em 20.ª edição, é destacar e divulgar a literatura portuguesa no feminino», tendo distinguido obras publicadas no ano passado, lê-se no mesmo comunicado.

lusa/sol