Santos Silva: “Cada um defende o seu interesse nacional”

Ministro dos Negócios Estrangeiros está a ser ouvido hoje no Parlamento

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, defendeu esta manhã no Parlamento, que Portugal respeitou os compromissos assumidos enquanto membros da União Europeia e da NATO, assumindo uma postura de “firmeza” e “cautela” na sua reação ao caso Skripal.

O responsável fez questão de salientar que esta é uma questão que não está fechada, mas que Portugal decidiu “não começar pelo fim”. No entanto, assim que se soube deste caso – que envolve o envenenamento de um ex-espião russo e da sua filha no Reino Unido -, Portugal colocou-se do lado dos restantes estados-membros  da UE e da NATO, defendeu: “Decidimos não começar pelo fim nem pelo princípio do catálogo de medidas apropriadas. Foi um nível relativamente alto de ação diplomática”.

Para justificar esta decisão, Santos Silva apresentou vários argumentos: o “cumprimento escrupuloso das nossas responsabilidades enquanto membros da UE e da NATO”, condenando o ataque; a “solidariedade devida” com o Reino Unido; a “valorização do diálogo, desejavelmente não confrontacional”; tomar uma decisão com “prudência” e “cautela”.

Santos Silva aproveitou para levar uma carta escrita por Boris Johnson, na qual o britânico “agradeceu a solidariedade e compreendeu a gravidade da decisão que Portugal tomou”.

“Portugal optou por uma medida que ao mesmo tempo suspendeu para todos os efeitos os contactos com a federação russa, preservando a funcionalidade da sua embaixada. Cada um defende o seu interesse nacional. Não me considero que se encontre uma dissonância no nível de respostas considerado o interesse de cada país”, acrescentou.