Imobiliário. Housers entrou em Portugal e mudou o mundo de quem tem apenas 50 euros para investir

A Housers, plataforma de financiamento imobiliário, chegou a Portugal no final do ano passado e prometia mudar a forma como os portugueses olham para as oportunidades de investimento. 

Com o objetivo de captar 11 mil utilizadores num ano e um investimento de 3,5 milhões de euros, a ideia da empresa era, em outubro, conseguir financiar a compra de cerca de 15 imóveis em Lisboa e no Porto.

Agora, a empresa avança com um balanço onde refere que os portugueses já investiram 1,5 milhões de euros em imóveis através desta plataforma. “Em oito meses, a Housers já conta com mais de 4300 utilizadores portugueses registados e já concluiu com sucesso cinco projetos imobiliários em Portugal, nos quais o valor médio por investidor varia entre os 350€ e os 650€”, explicam.

 De acordo com João Távora, CEO da Housers em Portugal, “o facto de termos conseguido atingir um número tão elevado de investimento em tão pouco tempo superou as expectativas. Este rápido crescimento em Portugal comprova sobretudo a confiança que os portugueses têm depositado na Housers. A maioria dos investidores começa por investir montantes muito reduzidos, mas, à medida que vão ganhando confiança, vão aumentando o valor dos investimentos.”

Em outubro, quando chegou a Portugal, a empresa contava já com 68 mil utilizadores e 32 milhões de euros investidos em 167 imóveis. A plataforma pretende dar uma alternativa a quem pretende investir no ramo do imobiliário, bastando para isso ter apenas 50 euros na carteira e parece ser uma ideia mais do que ganha. Um dos sócios fundadores, Álvaro Luna, explicou em outubro, através de um comunicado, que “a expansão para Portugal é um passo importante na estratégia a médio prazo para nos convertermos na primeira comunidade de financiamento do setor imobiliário do sul da Europa”.

A questão que muitos podem estar a colocar nesta altura é: como funciona? Fácil. Basta ter 50 euros, que é o valor mínimo de investimento, fazer um clique no site e passar a ser “proprietário” de uma das casas. A ideia da plataforma é recolher dinheiro de investidores anónimos para comprar imóveis nos centros de várias cidades. A contrapartida? A ideia é que tudo isto seja feito a troco de uma determinada rentabilidade que acaba por variar em função do ativo em questão.

A Housers é, na verdade, fruto da ideia de dois sócios: Álvaro Luna e Tono Brusola. E nasceu da necessidade de “democratizar o investimento imobiliário e que toda a gente pudesse ter acesso a um património”.

Para quem possa ser mais desconfiado, João Távora garante que as regras são apertadas: “Temos de cumprir regras de branqueamento de capitais. As rentabilidades são estimadas mas, no limite, se não fizermos bem as contas, perdemos. A garantia é maior porque há um ativo. No fundo, estamos a competir com outros produtos financeiros.”.

Mas se há tetos mínimos para o investimento, também há limite máximo. De acordo com o CEO da plataforma, um investidor não qualificado pode investir até três mil euros. Já no caso de ser qualificado, passa a não existir qualquer limite. Também em termos de documentação, João Távora garante que não podia ser mais fácil. Basta um documento de identificação, uma conta associada e pouco mais.

“É um sistema muito rígido e seguro para os investidores”, já tinha explicado Álvaro Luna, há uns meses. “Às pessoas que querem investir no imobiliário, mas não têm capital suficiente para fazê-lo, damos-lhes a possibilidade de que invistam com uma aportação mínima de 50 euros”, explica Luna.