Síria. Cerca de 140.000 deslocados precisam de “assistência humanitária imediata, proteção e refúgio”

Só no primeiro semestre deste ano, foram quase 13.000 os refugiados sírios em países vizinhos e outros deslocados internos que regressaram às suas casas 

Andrej Mahecic, porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), disse esta sexta-feira que cerca de 140.000 deslocados sírios permanecem no sudeste do país e que é preciso um corredor humanitário para os ajudar a fugir aos combates na região de Deraa.

De acordo com a agência Lusa, Andrej Mahecic, na conferência de imprensa da ONU, em Genebra, afirmou que é necessária “assistência humanitária imediata, proteção e refúgio”, acrescentando ainda que “dezenas de milhares” de pessoas voltam para os locais que tinham sido obrigados a abandonar.

"Os refugiados têm sempre o direito a regressar, mas qualquer plano que pretenda facilitar esse direito deverá ajustar-se aos padrões internacionais, o que implica que os retornos sejam voluntários e tenham lugar num ambiente seguro e sob condições dignas, a fim de serem sustentáveis", afirmou o porta-voz da ACNUR.

Segundo Andrej Mahecic, só no primeiro semestre deste ano, foram quase 13.000 os refugiados sírios em países vizinhos e outros deslocados internos que regressaram às suas casas em Alepo, Homs, Hama, Damasco e zona rural de Damasco, e também sudoeste e nordeste da Síria.

Em 2017 regressaram 77.000 refugiados sírios e 764.000 refugiados.