Incêndios. Líderes partidários visitam zonas ardidas em Monchique

Assunção Cristas e Catarina Martins estiveram hoje em Monchique. Sexta-feira é a vez de Rui Rio

Quase vinte dias depois do incêndio de Monchique ter sido extinto, Assunção Cristas visitou as zonas afetadas pelo fogo. Na manhã de hoje esteve reunida durante cerca de 45 minutos com o presidente da Câmara de Monchique, Rui André. Depois, por volta das 11h00, seguiu para o Alferce, uma das aldeias que ficou cercada pelas chamas. 

Durante a visita, a líder do CDS anunciou que o partido vai requerer ao governo esclarecimentos sobre o incêndio de Monchique. “Há aspetos importantes e, certamente, no parlamento teremos oportunidade para esclarecer porque é que foram precisos sete dias para debelar este incêndio”, disse de passagem pela Malhada Quente.

Para Assunção Cristas, é necessário perceber porque é que o fogo evoluiu “se ao fim de dois dias e, segundo informações do presidente da Câmara, as coisas estavam aparentemente resolvidas”.

Catarina Martins também esteve hoje em Monchique, mas durante a tarde. Depois da reunião com o presidente da autarquia, a coordenadora do Bloco de Esquerda defendeu que o Orçamento do Estado para 2019 “deve ter capacidade para responder” a projetos de reflorestação, de forma a ordenar as áreas ardidas ao nível económico e ambiental.

“É importante também ajudar os setores da agricultura de subsistência e familiar a ter os apoios, porque muitas vezes a burocracia é incompreensível para as pessoas que perdem tudo e que já são mais vulneráveis”, destacou.

Segundo o “Observador”, na próxima sexta-feira será a vez de Rui Rio visitar a área afetada pelo fogo do início de agosto. O líder do PSD deverá ter um encontro na Câmara Municipal de Monchique e irá passar por duas das zonas mais afetadas, de acordo com o mesmo jornal. 

Agilizar a reconstrução

O Presidente da República promulgou hoje o diploma aprovado em Conselho de Ministros com as medidas excecionais para agilizar a reconstrução de Monchique. 

Marcelo Rebelo de Sousa considerou o decreto-lei “muito completo” e com uma “agilização excecional dos procedimentos administrativos previstos nos códigos dos contratos públicos”, à imagem do que aconteceu com os concelhos afetados pelos grandes incêndios de 2017.