Fenprof. “Não basta abrir as portas das escolas, mas sim saber em que condições vão abrir”

Ontem, em entrevista à TSF, Tiago Brandão Rodrigues havia referido que “tudo está preparado para que o ano letivo comece com normalidade e tranquilidade”.

Mário Nogueira disse esta quinta-feira que tem dúvidas acerca das “condições” para a abertura sem problemas do ano letivo, contrariando as palavras do ministro da Educação de que “tudo está preparado”.

"Não basta abrir as portas das escolas, mas sim saber em que condições vão abrir. Estamos a um dia útil do começo do ano escolar, altura de apresentação dos professores, alunos, reuniões, etc. A apresentação de alunos deverá ser em meados de setembro. Se perguntarmos se as portas das escolas vão abrir na segunda-feira é muito simples: vai lá alguém e abre a porta, o problema está em que condições", afirmou o secretário-geral da Fenprof, em declarações à Agência Lusa.

Ontem, em entrevista à TSF, Tiago Brandão Rodrigues havia referido que "tudo está preparado para que o ano letivo comece com normalidade e tranquilidade".

"Se o ministro diz que as condições estão criadas e está a referir-se ao trabalho dos professores e das escolas, isso está feito, mas há problemas cuja resolução é da competência do ministério", declarou Mário Nogueira, à Lusa, dizendo ainda que “há também problemas de organização do ano. Por exemplo o ministério comprometeu-se a fazer publicar esclarecimentos diversos sobre os espaços e organização do ano letivo e não o fez. Temos também dois diplomas muito importantes que saíram durante o mês de julho, um decreto-lei sobre a inclusão escolar que veio alterar de forma significativa a resposta aos alunos com necessidades educativas especiais, que tem suscitado dúvidas nas escolas”.

Além disto, Mário Nogueira fez referência às escolas em obras e para a retirada de amianto que deveria ter sido realizado durante as férias, mas não foi, e relembrou o “problema dos docentes em relação ao congelamento das carreiras”.