Caso Silvano. Rui Rio garante que “não deixa cair os amigos”

O líder do PSD afirmou que “a última coisa” que faria era deixar “cair” o secretário-geral do partido

O líder do PSD garantiu, na segunda-feira à noite, num encontro com militantes em Viseu, que “não deixa cair os amigos” e que “a última coisa” que faria era deixar “cair” José Silvano, referindo-se à polémica das falsas presenças do secretário-geral do partido no parlamento. 

Segundo a Lusa, foi o próprio Rui Rio que desafiou os militantes presentes na plateia a fazerem perguntas sobre o tema que marcou a semana passada. Perante o desafio, um militante questionou o líder do PSD sobre como compatibiliza o caso de Silvano com o “banho de ética” que prometeu quando se candidatou à liderança do partido. Em resposta, Rio desvalorizou a polémica e negou que o secretário-geral tenha agido de forma a receber indevidamente ajudas de custo.

Na segunda-feira, à margem de uma visita à Póvoa do Varzim, Rui Rio foi questionado pelos jornalistas sobre o caso Silvano e deu o assunto como “encerrado”, afirmando não ter “mais nada a dizer” sobre a polémica. 

Já na semana passada, o líder social-democrata tinha tentado fugir ao tema, em Helsínquia, ao responder em alemão aos jornalistas. Na altura, questionado sobre os últimos desenvolvimentos e o facto de a Procuradoria-Geral da República estar a analisar o caso, Rui Rio respondeu entre risos “Ich weiss nicht was Sie sagen” que em português significa “não sei do que está a falar”. 

Na verdade, o líder do PSD só se pronunciou publicamente sobre o tema uma vez, dois dias depois da polémica rebentar. Na altura, assegurou que mantinha a confiança política em José Silvano e classificou o caso como do domínio das “pequenas questiúnculas”.

“Claro que mantenho a confiança política. O caso não é agradável, como é evidente, não é um caso positivo, mas acha que ter uma proposta para o país, discutir o país, debater o país pode ser anulado pelas pequenas questiúnculas que estão constantemente a surgir neste partido e nos outros partidos. Não pode ser, temos de estar um bocadinho acima disso”, afirmou.