Guaidó regressa à Venezuela e desafia maduro

O autoproclamado presidente interino regressa a Caracas, onde estão convocadas manifestações. Os EUA avisam: “Qualquer ameaça, violência ou intimição contra ele não serão toleradas”

Após desafiar uma ordem judicial do Supremo Tribunal, que o proibia de sair do país, o autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, regressa a Caracas, pondo em xeque o presidente venezuelano, Nicolás Maduro. Horas antes de embarcar, o líder da oposição garantiu que a sua detenção seria "o último erro" que Maduro cometeria.

O vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, garantiu no Twitter que "o regresso em segurança de Juan Guaidó à Venezuela é da maior importância para os EUA. Qualquer ameaça, violência, intimidação contra ele não será tolerada", sublinhando que nesse cenário os norte-americanos terão "uma rápida resposta".

Guaidó passou pelos controlos de imigração do aeroporto de Maiquetía sem qualquer impedimento e sem ser detido, sendo recebido por um grande número de repórteres e por vários embaixadores de países europeus. O autoproclamado presidente interino passou por Catia la Mar, um munícipio costeiro perto do aeroporto, de onde seguiu para Caracas. Escreveu no Twitter: "Estou à espera desse mar de gente que nos inspira e obriga, a gente da minha costa".

Há chegada a Caracas, foi recebido por uma multidão, que festejou agitando bandeiras venezuelanas. De imediato o líder da oposição dirigiu-se ao exército, afirmando que "a cadeia de comando está comprometida", e afirmando que "Maduro não pode deter este povo bravo que se mantêm nas ruas". Guaidó reforçou: "Não vai ser através de ameaças que nos vão deter".