Israel sob ataque: a democracia triunfará sobre o ódio dos terroristas do Hamas (eternamente)

A Europa ataca os nossos amigos israelitas, que nos ajudaram (e ajudam) a evitar a carnificina de nossos concidadãos nas ruas do “Velho Continente”; a mesma Europa acaricia e mima com particular militância activa os mesmos que organizam, entre nós, desumanos homicídios em massa contra pessoas inocentes

1.Os analistas são não poucas vezes acusados de exageram na descrição e compreensão da realidade. Por vezes, tal perspectiva revela-se correcta (sobretudo com aqueles que confundem a análise política com pura propaganda, como fazem os esquerdanetes, ou mera promoção de interesses pessoais e agendas muito particulares); no entanto, há casos – qualquer leitora e leitor o reconhecerá, por imperativo de justiça e honestidade intelectual , não obstante as suas crenças político-ideológicas) – em que é a própria realidade que ultrapassa, em exagero, o próprio analista.

 Em que as análises políticas, mesmo realizadas pelo mais sereno e racional comentarista, se demonstram insuficientes para traduzir por palavras o quão devastadora e violenta é a realidade.  

2.Pois bem, o autor das presentes linhas foi criticado (pelos mesmos de sempre: a esquerda, cujo fanatismo tolda qualquer racionalidade que lhe poderia ser, em abstracto, reconhecida; e alguma direita, que vive no país das fantasias, preocupada com questões mesquinhas de poder interno e olvidando o muito importante) por excesso na denúncia do dualismo moral da comunidade internacional – em termos mais claros, a hipocrisia (sobretudo da Europa) no julgamento sumário de Israel e no apoio incondicional ao terrorismo do islamismo radical.

 A Europa ataca os nossos amigos israelitas, que nos ajudaram (e ajudam) a evitar a carnificina de nossos concidadãos nas ruas do “Velho Continente”; a mesma Europa acaricia e mima com particular militância activa os mesmos que organizam, entre nós, desumanos homicídios em massa contra pessoas inocentes.

Chamámos aqui a atenção para o crescimento do Hamas, a organização terrorista que mantém a liderança da Autoridade Palestiniana refém dos seus interesses  e desideratos assassinos selvagens.

 Que utiliza o seu povo como um mero recurso para a promoção do seu terrorismo militante e degradante. O crescimento do Hamas assumiu-se, desde cedo, como uma realidade tenebrosa e perigosa para a segurança internacional; carecia, pois, de uma resposta firme, proporcional (não se confunda, porém, proporcionalidade com suavidade) e resoluta da comunidade internacional.

Ao invés, a comunidade internacional – e a arquitectura jurídica do designado multilateralismo – colocou-se, mais ou menos subtilmente, ao lado do Hamas e dos seus apoiantes internacionais.

3.Isto porque como os votos dos países islâmicos apoiantes do Hamas são relevantes para efeitos de nomeações de pessoas, de atribuição de lugares e outros privilégios que a classe política europeia tanto preza, a nossa elite seguiu o caminho mais fácil.

Há até quem diga que muitos dos políticos europeus têm medo de assumir posições contrárias ao Hamas, com medo de retaliações; pois, mas se têm medo, por favor, deixem os vossos lugares: são inaptos para servir os vossos povos.

Acresce, ainda, que, infelizmente, na Europa, vivemos um período muito complexo, em que se conjugam duas realidades avassaladoras: a ditadura do politicamente correto, no pensamento; e a ditadura do financeiramente correcto (conveniente), na acção dos nossos políticos.

 Há valores (pecuniários) que se sobrepõem a outros valores (personalistas, de tolerância, de defesa da democracia e dos nossos aliados que são um exemplo de sociedade vibrante e que prezam o sistema democrático, não obstante o contexto geográfico particularmente adverso que o rodeia).

4.Neste contexto, os terroristas do Hamas continuam – secretamente e muitas vezes sem deixar rasto – o processo de construção de túneis na Faixa de Gaza e em outros locais estratégicos de entrada imediata em território israelita, a utilização de crianças soldados, utilizando as próprias escolas para a disseminação do ódio e do terror desde tenra idade e dispõem de capacidades bélicas crescentes para lançar o caos, a destruição e a morte em Israel.

Ali mesmo no coração de Telavive. Este não é um cenário meramente virtual: sucedeu, há poucos dias, mais uma demonstração de ódio do Hamas, materializada no lançamento de um rocket de longo alcance (percorreu mais de 120 km!), provocando medo, destruição e ofensas à integridade física graves a pessoas inocentes, que apenas queriam viver alegremente mais um dia, contribuindo para a construção dessa sociedade tolerante, aberta, democrática, progressista na vivência e tradicionalista na fé.

Só mesmo um povo que não renuncia à fé – fé em Deus; fé em si mesmo e no seu destino histórico; fé na Humanidade – consegue ainda acreditar que dias melhores virão, consegue ser um exemplo de tolerância, consegue acreditar inabalavelmente na bondade humana, apesar de o terrorismo viver mesmo ao lado.

 Apesar de os seus vizinhos declararem a sua intenção inequívoca de destruir o seu Estado e todo o seu povo, puxando para o presente, ameaçando atirar para o futuro – as memórias que nós gostaríamos de aprisionar ad eternum no passado mais repugnante da Humanidade.

5.O povo israelita mantém a crença no seu futuro, na democracia e na tolerância, também, apesar da hostilidade e esquecimento que a comunidade internacional lhe tem votado. 

Pois bem, este país – Israel – que a comunidade internacional, que os nossos governantes têm tanto receio em apoiar, em setenta anos, construiu uma economia pujante, constituiu um oásis para as start-ups e para o empreendorismo jovem, quebrou as barreiras ideológicas,  religiosas e étnicas, acolhendo no seio (e conferindo protecção jurídica) a pessoas de diferentes origens e diferentes religiões; construir, jurídica e facticamente, uma democracia; criar forças armadas aptas a derrotar o terrorismo, a proteger o seu povo e o mundo.

Porque quem julgar que o Hamas é uma ameaça regional, só pode ser ignorante ou ingénuo; o Hamas já dispõe – com o seu “pai tirano” do Irão – de uma rede de franchising de terror, pronta a actuar mesmo aqui na Europa.

6.Muita gosta,enfim, a esquerda e alguma direita de agitar o argumento de que Israel é o principal responsável pela inviabilização da solução de dois Estados.

Sejamos claros e honestos: quem inviabilizou sempre a plena execução dos Acordos de Paz foi a Autoridade Palestina, por razões várias. É um facto histórico; não é uma opinião.

 Por outro lado, como poderá ser possível uma negociação séria e razoável com uma organização terrorista como o Hamas, que é motivada apenas pelo objectivo de aniquilar Israel?

Negociar com terroristas é legitimar o terrorismo como exercício de afirmação de posições políticas. O Hamas confunde-se, nos dias que correm, com a própria Autoridade Palestiniana.

7.Afirma-se, ainda, que a Palestina – e, em particular, a Faixa de Gaza – encontra-se economicamente menos desenvolvida do que Israel; logo, defender a Palestina – ou melhor, ser contra Israel – é uma questão de direitos humanos.

Mais uma falácia.

Porquê? Porque a Palestina tem recebido milhões de dólares em ajuda humanitária para proceder à construção de um país em que o seu povo viva condignamente. Em paz e prosperidade.

O que têm  os responsáveis palestinianos, capturados pelo Hamas, feito?

 Despendido o dinheiro que recebem na construção de túneis de ataque, aquisição de armamento militar e para assegurar uma vida luxuosa para os responsáveis da organização terrorista do Hamas.

8.Ou seja: são os contribuintes dos Estados democráticos, que financiam a ONU, que estão a contribuir generosamente para a actividade terrorista do Hamas. Com a conivência generalizada do establishment do tão glorificado multilateralismo.

O discurso mediático está dominado pela acusação gratuita a Israel – mas ninguém destaca como o dinheiro da ONU está a ser utilizado para o financiamento ao terrorismo.

 Eis um assunto que mereceria a nossa mais dedicada e empenhada de todos nós. Portugueses e europeus.

Em vésperas de eleições europeias, seria muito positivo que os candidatos ao Parlamento Europeu prestassem contas ao povo português sobre como têm permitido que a União Europeia proteja organizações terroristas deploráveis e assassinas.

9.Deixemo-nos de histórias (ou estórias): o problema da Palestina (ou do Hamas, hoje parece não se distinguirem) não é a falta de dinheiro; é apenas a sua motivação exclusiva para aniquilar um Povo e a sua organização político-jurídica que é o Estado de Israel.

 E Israel é apenas o primeiro passo:  o Hamas é apenas um braço do terrorismo financiado pelo “Satã Monstruoso” que é o regime iraniano dos Ayatollahs.

 Qual a causa que o Hamas defende? Nada mais que a sua mensagem radical, totalitária e bárbara de aniquilação de Israel e da tradição e valores judaico-cristãos.

Pior: o povo palestiniano é manipulado, usado, escravizado pela retórica e acção de terror do Hamas.

São os próprios palestinianos que são mortos, que são torturados, que são usados como “carne para canhão” para executar o programa terrorista do Hamas – tudo vale para destruir Israel. O terror do Hamas não tem limites; nem mesmo a dignidade do sue povo.

A utilização de crianças palestinianos como “crianças soldados” deveria suscitar ondas de verdadeira e genuína indignação por todo o mundo, por todos os que convictamente prezam os direitos humanos, como nós.

No entanto, o poder dominante prefere branquear esta dura e repugnante realidade. As crianças escravas do Hamas não merecem a preocupação da esquerda moralista e dos interesses.

10. Neste sentido, Israel tem o direito, à luz do Direito Internacional, de defender as suas fronteiras, de garantir a segurança do seu povo: nenhum Estado é obrigado a tolerar agressões contra o seu território e, certamente, nenhum povo tem o dever de tolerar atentados constantes à sua vida.

E esta é a dimensão reconfortante para todos os israelitas e para o mundo: a força de todos os rockets que possam ser disparados contra o país é substancialmente inferior à força da crença e da resiliência do povo israelita, do heroísmo e do sentido de missão inexcedível de todos os soldados do IDF  e da liderança do Primeiro-Ministro Benjamin Netanyahu.

Os heróis do IDF honrarão os seus companheiros que sacrificaram a sua vida em prol da sua crença na liberdade, na paz e na democracia e no amor ao seu povo e à Eretz-Tzion v`Yerushalayim que tão orgulhosa e dedicadamente serviram; e, acima de tudo, garantirão que gerações e gerações vindouras de israelitas (e, espera-se, palestinianos) viverão em paz, em segurança, em liberdade e em prosperidade na terra que amam e que lhes pertence.

11.Porque não há equivalência moral entre Israel e o Hamas; todos nós sabemos que o lado da democracia, da tolerância e da sociedade vibrante irá triunfar.

O ódio do terrorismo pode, ocasionalmente, ganhar algumas – espúrias – batalhas; mas nunca – nunca mesmo! – vencerá a guerra.

Os terroristas do Hamas serão brutalmente derrotados.  

Israel está sob ameaça, repetindo-se o filme de terror made by Hamas. Mas já sabemos o final: Israel triunfará, de novo.

12.O Presidente Trump já cortou a contribuição financeira para qualquer ajuda (supostamente) humanitária que sirva para alimentar os delírios lunáticos e odiosos do Hamas.

Resta, agora, saber de que lado está a Europa – do lado da democracia ou do lado do terrorismo.

Oxalá que – pela primeira vez nos últimos tempos – a Europa esteja incondicionalmente do lado certo, dos direitos humanos e da democracia. Da paz e não da guerra.

 Da construção de pontes entre sectores da sociedade, da construção de pilares sustentados e sustentáveis de uma sociedade economicamente dinâmica e democrática – e não da construção de túneis para destruir e matar.

Portugal – o povo português – está com Israel.

P.S. – Uma última nota para enviar um abraço solidário aos nossos irmãos moçambicanos. Que a tragédia, a crise seja uma oportunidade rumo à construção de uma sociedade mais justa, segura e próspera. Portugal está convosco. E , já agora, Israel, mesmo sob ataque do Hamas e em clima de emergência nacional, está a recolher donativos e contribuições que entregará a Moçambique, como gesto de solidariedade e fraternidade. Ainda haverá alguém que seja capaz de afirmar que há uma equivalência moral entre Israel e o Hamas? A sério?

joaolemosesteves@gmail.com