Marcelo reforça popularidade

Num mês marcado pelos casos de nomeações de familiares para gabinetes ministerais, Marcelo Rebelo e Sousa volta a subir nos índices de popularidade. Em sentido contrário, Assunção Cristas é quem mais desce. Nas intenções de voto, não há alterações significativas.

Marcelo reforça popularidade

Depois de tanto se ter falado na quebra de popularidade do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa parece ter recuperado a forma e voltou a inverter a tendência, reconquistando a simpatia de uma muito significativa maioria dos portugueses no barómetro da Eurosondagem-Associação Mutualista Montepio para o SOL.

Ou seja, a troca de galhardetes entre Cavaco Silva e o seu sucessor em Belém a propósito da polémica das nomeações familiares para gabinetes ministeriais foi claramente favorável ao atual inquilino do palácio presidencial – que tem agora 70% da opinião pública a aplaudir a sua atuação e somente 8,1% a criticar (ou seja, em relação a março, Marcelo regista uma melhoria de praticamente dois pontos percentuais no seu saldo de popularidade).

Aliás, diga-se também que esta polémica parece não abalar a imagem do primeiro-ministro e líder socialista e da ‘geringonça’, que não só sobe na apreciação dos portugueses como mantém firme a liderança do PS nas intenções de voto dos portugueses.

Rui Rio, que também regista uma ligeira subida na opinião dos eleitores, não vê, porém, os sociais-democratas encurtarem distâncias para os socialistas.

Mais jovens no BE, mais velhos no PCP

A estabilidade é, aliás, a marca deste barómetro de abril em relação ao de março em matéria de intenções de voto.

É curioso, porém, registar, no desdobramento por faixa etária (18-30, 31-59, 60 ou +), que BE e PCP registam tendências diametralmente opostas: os bloquistas perdem votos à medida que o eleitorado vai envelhecendo e os comunistas vão crescendo à medida que as idades dos eleitores também avançam.

Tal como o BE, também o PAN – Partido das Pessoas-Animais-Natureza conta com muito maior adesão entre a juventude. 

Relativamente ao desdobramento do eleitorado por sexo, PAN e Aliança registam uma maior capacidade de atração do eleitorado feminino e o BE tem mais predominância entre o eleitorado masculino.

Cristas e Catarina mais penalizadas

Já em relação ao top de popularidade dos líderes partidários, a presidente do CDS, Assunção Cristas, destaca-se pela negativa, perdendo mais de três pontos percentuais em relação ao mês passado.

Menos mal mas também em perda está também a coordenadora do BE, Catarina Martins (que baixa 2,2%).