Austrália quer matar dois milhões de gatos até 2020

Em causa está a proteção da vida selvagem endógena

Existe um programa de eliminação de gatos na Austrália, cujo objetivo é matar cerca dois milhões destes animais até 2020. Em causa está a proteção das várias espécies endógenas.

Estima-se que existam cerca de dois a seis milhões de gatos a viver em ambiente selvagem e a caçar para sobreviver naquele país. Segundo o The New York Times, além de ocuparem 99% do território nacional, os felinos são responsáveis pela extinção de, pelo menos, 22 espécies características da Austrália.

À CNN, um porta-voz do Departamento de Energia e Ambiente da Austrália afirmou que, por dia, um milhão de aves nativas e 1,7 milhões de répteis são vítimas dos gatos.

"Não estamos a matar gatos porque os odiamos. Temos de fazer escolhas e salvar os animais que adorámos e os que nos definem enquanto nação", disse Gregory Andrews, comissário nacional para as espécies em vias de extinção, citado pelo Sydney Morning Herald.

Entre os vários métodos, houve a criação de uma salsicha com veneno, mas podem também ser utilizadas armas de fogo ou armadilhas.

Mas este programa pode ir mais longe. No Estado de Queensland há um município que oferece uma recompensa de 10 dólares, cerca de seis euros, por cada escalpe de gato.

A PETA, organização que defende os animais, já reagiu a este prática considerando-a “cruel”.

A nível internacional foram já criadas várias petições contra este programa australiano.