Vara diz que carreira política não é “cadastro”

Currículo académico e profissional em discussão na audição do ex-administrador da Caixa

Vara diz que carreira política não é “cadastro”

O antigo administrador da Caixa Geral de Depósitos Armando Vara está a ser ouvido no âmbito da comissão de inquérito ao banco público.

Armando Vara foi confrontado sobre as suas capacidades para assumir funções de administração na Caixa e sobre a sua ascendência rápida dentro do organigrama do banco.

“Dei provas de que tinha competência para exercer os cargos que exerci”, disse, acrescentando: “Quando fui convidado para exercer funções de administração aceitei porque me considerava preparado para as exercer”.

Vara explicou ainda que só saiu da CGD para o BCP “porque a maioria esmagadora dos acionistas do BCP acreditava que tínhamos capacidade para a função. E nunca ninguém questionou a minha idoneidade e capacidade para o cargo”.

O deputado do PSD Virgílio Macedo continuou a insistir no assunto do currículo académico e profissional, pondo em causa as capacidades de Armando Vara para ser administrador da Caixa Geral de Depósitos. Ao que o antigo ministro respondeu: “Se eu considero que a carreira política, em que o senhor também está envolvido, é cadastro, eu não considero isso”. Quem tem de julgar as competências de quem é nomeado são os acionistas”, rematou.

Armando Vara vai entrar hoje no Parlamento sem algemas e sem aparato para ser ouvido no âmbito da comissão de inquérito à Caixa Geral de Depósitos.

Recorde-se que Armando Vara, um dos homens fortes de José Sócrates, está atualmente preso em Évora, a cumprir uma pena de cinco anos a que foi condenado pelo crime de tráfico de influências no âmbito do processo Face Oculta.

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