Médicos. 80% de adesão à greve

Federação Nacional dos Médicos congratula os médicos pela adesão e lança muitas críticas ao Ministério da Saúde

A greve nacional dos médicos, marcada para esta quarta-feira, dia 3 de julho, teve uma adesão total de 80%. 90% nos blocos operatórios, 80% nos cuidados de saúde primários e cerca de 70% nas consultas externas são os números que demonstram o descontentamento generalizado contra as políticas de saúde que são as principais “responsáveis pela destruição do Serviço Nacional de Saúde (SNS)”, segundo um comunicado enviado pela Federação Nacional dos Médicos (FNAM) às redações, que “congratula os colegas” pela adesão.

As motivações da greve, enunciadas na carta da FNAM à comunicação social, são as críticas que recaem sobre o Governo, aos quais apontam uma “política de austeridade” que tem afetado a saúde dos portugueses através do encerramento de maternidades e blocos operatórios, falta de médicos de família e longas esperas nas urgências.

O Ministério da Saúde recusa conversar com os sindicatos e apostar no SNS, afirma a FNAM, acusando o ministério de “gestão danosa ao gastar 104 milhões de euros em empresas prestadoras de serviços, e por ludibriar os portugueses ao anunciar mais de 1000 contratações de médicos” que já se encontravam registados no SNS mas são recém-especialistas.

Uma das exigências primárias que pela qual os grevistas lutam é o estabelecimento de um tempo mínimo para as consultas, condição não existente que é considerada um “assalto à dignidade dos médicos e ao direito à saúde dos portugueses” e incentiva “todas as formas” de luta contra as políticas de saúde do Ministério da Saúde.