Web Summit ou o resumo para quem não foi

Este ano não fui à Web Summit, mas obviamente sinto que lá estive na mesma, tal é o grau de ‘hot topic’ que este evento atinge.

Longe de polémicas e do show off inerente a este tipo de evento , a verdade é que tê-lo em Portugal é um marco e coloca-nos no radar, além do Cristiano e do nosso já reconhecido futebol, entre outras áreas que não quero desde já melindrar (calma haters, está tudo aqui salvaguardado).

Considerado o maior evento de tecnologia do mundo, este evento consegue logo numa primeira análise posicionar Lisboa como uma cidade supertecnológica.

E sabemos bem como este posicionamento pode atrair investidores, turismo ou o tal talento que tanto se procura para bem complementar a tecnologia. Posiciona-nos no mundo mas também dentro de portas, sendo para marketeers e profissionais de comunicação um excelente espaço para debater ideias, tendências ou simplesmente conviver com diferentes realidades.

Ir à procura do que desconhecemos poderá inclusivamente ser uma das mais valias de um Web Summit que traz muitos dos temas que todos seguimos, mas alguns mais escondidos que merecem decididamente a nossa atenção.

A cimeira tecnológica que este ano juntou mais de 70.000 pessoas de muitos países para ouvirem mais de mil oradores nos 24 palcos de evento vai já na sua 4.ª edição.

A par com a tecnologia surgem temas que vão desde a privacidade à sustentabilidade.

Naturalmente arrancando com Edward Snowden o tema da proteção da privacidade de todos os indivíduos e respetivos dados foi um dos temas transversais a muitas das conversas. Assim como a importância da autenticidade ou o enorme potencial da Inteligência artificial nos mais diferentes setores.

Mais do que os temas debatidos é importante depois tirar conclusões e perceber como aplicar tudo o que se viu na Web Summit na nossa atividade ou até na nossa vida pessoal. Esta é com certeza a tarefa mais complicada uma vez que quando saímos da bolha da Web Summit ( e se não tivemos a sorte de um qualquer investidor nos ter mudado a vida nestes dias) voltamos ao dia a dia e ao de sempre.

Ora o grande objetivo da Web Summit e de seguirmos atentamente o que por lá se passa (seja in loco seja online) é fugir exatamente a este de sempre. É injetar de inovação as nossas cabeças, as nossas equipas e os nossos processos para que possamos de facto entrar numa nova era. Mais tecnológica, mais humana, mais atenta, mais disruptiva, logo o definiremos mas acima de tudo mais nossa.

Porque de facto é na autenticidade e na individualidade que se destaca que surgem Web Summit – hoje já considerada um dado adquirido – e surgem novidades que tornam o mundo de facto diferente.

*Diretora Criativa Havas Sports & Entertainment