Covid-19. Companhias aéreas não cobram mudanças de voos

Depois da EasyJet e da TAP foi a vez da Ryanair anunciar medida.

Depois da EasyJet e da TAP é a vez da Ryanair permitir a alteração de voos sem cobrar taxas. No entanto, a companhia aérea irlandesa admite que, os clientes deverão apenas assegurar diferenças no valor das tarifas, no caso de estas existirem. “Se tem atualmente uma reserva connosco, mas prefere não voar poderá mudar o seu voo online e não será aplicada a taxa de mudança de voo”, acrescentando que “isto aplica-se a todas as reservas existentes e novas até terça-feira 31 de março. Se existir uma diferença na tarifa, deverá pagar a diferença, mas não será aplicada a taxa de alteração”, revela em comunicado.

Caso um voo seja cancelado, “os clientes poderão mudar a sua reserva para um voo alternativo da Ryanair sem custos ou receber um reembolso”.

Também a EasyJet, no passado dia 13 de março, informou os clientes que estes podem alterar online a data ou destino de viagem sem pagar qualquer taxa. Também a companhia aérea low-cost refere que, se houver uma diferença na tarifa, os passageiros terão de pagar essa diferença.

"Dada a situação sem precedentes que estamos a enfrentar em resultado do Covid-19, […] compreendemos que esta situação possa gerar incertezas e, por isso, se tiveres planos de viagem existentes que agora preferes modificar, podes agora alterar a data da tua viagem ou destino online, uma vez que prescindimos da taxa para todas as reservas existentes e futuras", diz a easyJet aos seus passageiros, numa informação publicada na internet.

Esse caminho já tinha sido seguido pela TAP que, a 12 de março, tinha revelado que iria aumentar a flexibilidade para alteração de datas e destinos das viagens devido à propagação do vírus covid-19. Assim, nas “viagens reservadas antes de 8 de março e para voos com partida até 31 de maio”, os clientes “podem agora alterar a sua viagem e até o destino, para novo voo a ser feito até ao prazo alargado de 31 de dezembro”, acrescentando que esta alteração poderá ser realizada “sem pagamento de qualquer taxa de alteração”.

O presidente executivo da TAP já admitiu que as consequências negativas na saúde financeira da indústria se repercutirão por muito tempo. Antonoaldo Neves sublinha que, "além das profundas consequências na aviação e no turismo", o novo coronavírus provocou "a nível global uma crise com forte impacto na saúde dos povos e na sua economia", disse no dia em que se assinalam os 75 anos da TAP.

A reprogramação da operação da companhia, face às indicações das autoridades de saúde nacionais e dos países onde opera, tem obrigado todos a um esforço adicional, reconhece o presidente executivo da TAP, considerando a "união de todos" fundamental para vencer as dificuldades e regressar à normalidade.

Porém, alerta para que o desafio que a TAP tem pela frente "é enorme", pois tão importante como salvaguardar o interesse dos acionistas, públicos ou privados, e dos trabalhadores, a companhia assume-se como "a mais importante empresa nacional" convocada "para defender os interesses de Portugal".