“O surto não desapareceu por milagre”. Marcelo deixa apelo aos portugueses

Presidente lembrou que ainda não se chegou ao “fim do caminho” e pediu uma UE rápida e eficiente.

No dia em que arranca o plano de desconfinamento, o Presidente da República lembra que “o surto não desapareceu por milagre” e que ainda é preciso “vencer a pandemia”.

Em entrevista à Rádio Montanha, da ilha açoriana do Pico, Marcelo Rebelo de Sousa sublinhou que o combate tem "corrido muito bem nos Açores, e também muito bem na Madeira e em muitos pontos do continente", mas isso não quer dizer que se chegou ao "fim do caminho".

Nesse sentido, o chefe de Estado lembrou também que a União Europeia tem um "papel fundamental" na resposta à crise provocada pela pandemia da covid-19. Não está em causa uma "crise de um Estado ou de um pequeno número de estados", mas "uma crise de todo o mundo, e dentro do mundo uma crise europeia", defendeu.

A UE tem de ser "rápida a decidir" e "decidir em grande", disse, e explicou: "Não é a mesma coisa decidir em junho ou dois meses ou três meses depois. Não é a mesma coisa decidir um montante significativo ou um montante mais pequeno", acrescentou ainda o chefe de Estado.

Na mesma entrevista, Marcelo admitiu também que entendia as críticas feitas à comemoração do 1.º de Maio, e confessou que o que tinha em mente era uma ideia mais simbólica e restritiva.