Ódio racial

Quem escolhe Portugal como seu lar de destino é que tem de ser tolerante, não nós, os portugueses, que os acolhemos como um igual. Têm de nos tolerar, com as nossas virtudes e defeitos, abraçando a nossa maneira de ser e a nossa forma de estar no mundo.

Em Agosto de 2017, num post publicado na sua página de uma rede social, um africano aqui radicado escrevia que “erguer uma estátua ao Padre António Vieira com índios nus, para além de um patético saudosismo colonial, é uma inaceitável ofensa”.

A criatura, já celebrizada pelos seus constantes incitamentos ao ódio racial, insurgia-se contra a inauguração da estátua de homenagem a um dos maiores portugueses da nossa História, destilando ódio contra os seus promotores.

Nascido senegalês, em Portugal encontrou um porto de abrigo, especializando-se, a partir de então, a vomitar ódio contra os portugueses, que lhe concederam cidadania portuguesa, encontrando nos bloquistas da esquerda de caviar o necessário suporte para a sua cruzada contra quem lhe estendeu a mão num momento de aperto.

Passados três anos, o ódio racial direccionado para quem mais se bateu, no seu tempo, pelo fim das injustiças decorrentes da côr da pele, teve os seus efeitos, com a vandalização da estátua do Padre António Vieira.

É recorrente passar-se a mensagem de que temos que ser tolerantes para aqueles que são acolhidos em Portugal, justificando-se com a ideia de que aqui receberam a protecção que lhes faltou nos países de origem.

Nada mais errado! Para esses, temos a obrigação de lhes permitir tolerância zero!

Não podemos, nem devemos, ser com eles tolerantes. Bem pelo contrário, temos, sim, que ser exigentes!

Exigir que respeitem a Nação que os recebeu de braços abertos, honrando os nossos antepassados que, ao longo dos tempos, nos têm fortalecido o orgulho nacional.

Exigir que respeitem a nossa História, não se atrevendo a procurar reescrever as suas páginas à luz de convicções que pretendam importar.

Exigir que respeitem a nossa cultura, não questionando os valores ancestrais que estão na base da civilização ocidental, com a qual crescemos.

Exigir que respeitem as nossas tradições e costumes, não as violando nem pondo em causa o seu continuado uso.

Exigir que respeitem a nossa religião, não incitando à desobediência aos valores e princípios com que por ela fomos formados.

Exigir que respeitem a nossa língua, exprimindo-se nela, condição obrigatória para aqueles que reclamaram a nacionalidade portuguesa.

Quem escolhe Portugal como seu lar de destino é que tem de ser tolerante, não nós, os portugueses, que os acolhemos como um igual. Têm de nos tolerar, com as nossas virtudes e defeitos, abraçando a nossa maneira de ser e a nossa forma de estar no mundo.

Não podemos permitir que, a coberto de uma suposta defesa da igualdade racial, nos venham insultar, na nossa própria casa, acusando-nos a nós, os portugueses que nasceram brancos, de sermos todos racistas, conforme vociferou recentemente, durante um comício, a deputada que já não representa nenhuma estrutura partidária.

O ódio racial, protagonizado por alguns incendiários que aproveitaram as fragilidades da lei da nacionalidade, aqui vigente, para obterem o estatuto de portugueses, tem-se espalhado no seio da sociedade, causando divisões internas cujas feridas poderão nunca mais sarar.

É chegada a hora de se erradicar do solo português, em definitivo, esta pandemia, adoptando-se as medidas necessárias para a completa preservação do nosso património, repondo-se, com o recurso a acções drásticas, caso estas se revelem imprescindíveis, a ordem pública que nos últimos tempos tem sido seriamente ameaçada, sobretudo por parte de apátridas e de falsos portugueses que aqui se movem impunemente.

Ao Estado, ao invés de se envolver em constantes campanhas publicitárias de promoção da classe política que nos desgraça, campanha essa que ontem atingiu o seu apogeu com o deplorável e ridículo tributo prestado pelos principais dignitários cá do burgo pela escolha de Lisboa para receber meia dúzia de jogos de futebol, os quais se desenrolarão, muito provavelmente, sem público e, consequentemente, sem receitas que nos aliviem dos nossos males financeiros, empenhe-se antes em pôr cobro a este conflito que tende a alastrar-se de modo incontrolável.

Ao Estado exige-se que seja criterioso na concessão da nacionalidade portuguesa a quem a requer, abstendo-se de premiar quem incita ao ódio racial e amesquinha os nossos antepassados e a obra por eles perpetuada, obsequiando estes com um bilhete, somente de ida, para um destino qualquer bem longe daqui.

Para se ser português não pode bastar ser suficiente assinar-se um papel. É preciso sentir-se português, comungar dos nossos ideais e orgulhar-se do nosso passado.

Quem não se sente, não é filho de boa gente, e é de boa gente que Portugal necessita, considerando a acentuada diminuição demográfica que nos aflige.

Agitadores que semeiam ódio, espalhando-o como um vírus mortal, já cá os temos em dose assinalável, pelo que dispensamos o seu engrossar através de quem aqui se quer refugiar.

Quem não gosta de Portugal, que não venha para cá. Quem não gosta dos portugueses, que não queira ser um deles! 

 

Pedro Ochôa