Ventura demarca-se de ameaças

O líder do Chega demarca-se da manifestação e das ameaças, que admite que até possam ter partido de radicais de esquerda numa tentativa de incriminar o seu partido e ele próprio. 

André Ventura pede celeridade às autoridades judiciárias (nomeadamente à Polícia Judiciária e ao Ministério Público) na identificação dos responsáveis pela parada de mascarados junto à sede do SOS Racismo e das ameaças a ativistas anti-racismo, incluindo três deputadas da Assembleia da República (Mariana Mortágua e Beatriz Gomes Dias, ambas do BE, e Joacine Katar Moreira).

O líder do Chega demarca-se da manifestação e das ameaças, que admite que até possam ter partido de radicais de esquerda numa tentativa de incriminar o seu partido e ele próprio. 

Em declarações ao SOL, Ventura considera que «estes mascarados e ameaças racistas podem bem ser manobras da esquerda para convencer os portugueses de algo que normalmente nunca conseguirão: que os portugueses são racistas e que a nossa história é racista». E acrescentou:  «Tudo isto é folclórico demais, quase surreal num país como Portugal… E o momento em que acontece favorece objectivamente essas forças políticas».

«Basta ver que o Presidente do SOS Racismo apressou-se logo a atribuir ao Chega e a mim próprio uma espécie de autoria moral destes atos, o que é verdadeiramente deplorável», argumentou Ventura. «Já não sabem o que hão de fazer para afetar o Chega e estancar o seu crescimento eleitoral», juntou o líder do Chega, reiterando o apelo: «É preciso investigar tudo muito bem». 

E concluiu com uma interpelação ao presidente da Assembleia da República: «O Chega repudia todos os atos de ameaça e coação sobre deputados ou ativistas, mas gostaria de ter visto a mesma atitude de Ferro Rodrigues – que condenou veementemente os atos – quando se multiplicaram as ameaças de morte sobre o presidente do Chega».