Allianz GI divulga análise: “Como vai a dívida privada ser alterada pela covid-19?”

Deborah Zurkow, global head of investments da Allianz GI, conclui que “à medida que o mundo recupera da pandemia global, o setor de empréstimos privados tem a oportunidade de se posicionar como um forte parceiro para o crescimento de longo prazo pós-crise”.

A Allianz Global Investors (GI), uma empresa global de gestão de investimentos, divulgou a análise “Como vai a dívida privada ser alterada pela covid-19?”, que conclui que “os credores privados devem desempenhar um papel fundamental na recuperação pós-pandemia, enquanto parceiros e impulsionadores do caminho para um futuro sustentável”.

Este relatório alerta que “entre os muitos beneficiários estão as pequenas e médias empresas, que empregam mais de uma em cada duas pessoas em todo o mundo”, e que, no contexto atual, “muitas estão a lutar pelo acesso aos empréstimos tradicionais”.

Segundo o estudo da Allianz GI, a indústria de empréstimos privados mostrou que “pode colocar grandes pools de capital para trabalhar em todas as classes de ativos: da dívida de infraestrutura básica à dívida de risco”. Os negócios de financiamento combinado – onde o capital de desenvolvimento estimula o investimento do setor privado – mostram que o setor privado “pode trabalhar com entidades do setor público para oferecer oportunidades de investimento aos investidores institucionais”, lê-se na análise.

De acordo com a Allianz GI, os horizontes dos empréstimos privados “podem expandir-se significativamente à medida que os mercados de capitais forem reconhecendo que é possível gerar alfa financeiro e, ao mesmo tempo, ajudar a enfrentar os principais desafios da sociedade, o que vai estimular a inclusão de fatores ESG [environmental, social e governance, ou seja, fatores ambientais, sociais e de governança a serem tidos em conta nos processos de decisão e de organização] nos critérios de empréstimo”.

Nesta reflexão sobre dívida privada, Deborah Zurkow, global head of investments da Allianz GI, adianta que “à medida que o mundo recupera da pandemia global, o setor de empréstimos privados tem a oportunidade de se posicionar como um forte parceiro para o crescimento de longo prazo pós-crise”. “Mas a sustentabilidade precisa estar no centro da abordagem dos credores privados”, alerta a responsável.