Polícia francesa à caça de mutiladores de cavalos

Após mais de 30 casos de mutilação de cavalos, alguns dos quais tiveram as orelhas, olhos ou genitália cortada durante a noite, dezenas de agentes foram enviados de helicóptero para Losne, perto de Dijon.

As autoridades francesas lançaram hoje uma gigantesca caça ao homem, com uns quarenta agentes enviados de helicóptero para Losne, perto de Dijon, no leste de França, à procura de dois suspeitos de mutilar mais de 30 cavalos este ano, avançou a AFP. Alguns dos animais foram encontrados com as orelhas ou a genitália cortada, uns com olhos arrancados, outros esventrados. Face à escala do fenómeno, que ocorreu em várias regiões do país, as autoridades questionam-se se terão sido levados a cabo por um grupo criminoso ou se os ataques iniciais inspiraram imitadores.

O último ataque decorreu Losne, na madrugada de hoje. O dono de um cavalo viu luz no seu pasto e chamou a polícia, que encontrou o animal com um corte no flanco, não muito profundo. As estradas da região foram sujeitas a bloqueio e os agentes continuam em campo. Nos últimos meses, as autoridades têm pedido vigilância aos proprietários de cavalos, mas também que contactem a polícia em vez de fazer justiça pelas suas próprias mãos, à medida que a raiva aumenta.

"Isto é uma selvajaria cruel de um tipo que raramente vimos antes", disse Serge Lecomte, presidente Federação Equestre Francesa, durante uma visita a Saint-Eusèbe, no centro do país, onde recentemente foi cortada uma orelha a um cavalo. "Isto é um culto?", questionou Lecomte, que como tantos franceses se questiona quanto ao motivo dos ataques – uns falam em desafios da internet, outros de rituais satânicos ou ódio a equinos. Seja como for, "a crueldade contra animais é o precursor de crueldade contra humanos", avisou à AFP.