Menos nove milhões de contactos presenciais nos centros de saúde e hospitais até julho

“Falta uma liderança e um plano que ataque o problema”. O alerta foi deixado esta terça-feira pelo presidente da Associação Portuguesa de  Administradores Hospitalares no lançamento do movimento Saúde em Dia, uma parceria entre a associação e a Ordem dos Médicos.

Nos primeiros sete meses do ano houve menos sete milhões de contactos presenciais nos centros de saúde face ao ano passado – entre consultas presencialmente com os médicos e atos de enfermagem – e menos dois milhões de atos nos hospitais. Os contactos à distância aumentaram significativamente (+70% nos cuidados primários), mas não compensaram as quebras e, no global, até julho houve menos 956 mil consultas médicas nos cuidados primários, menos 1,9 milhões de atos de enfermagem, menos 440 mil primeiras consultas de especialidades nos hospitais e menos 99 mil cirurgias.

A análise sobre o impacto da pandemia de covid-19 no acesso a cuidados de saúde foi apresentada esta terça-feira no lançamento do movimento Saúde em Dia, uma iniciativa da Ordem dos Médicos e da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares, com o apoio da farmacêutica Roche.

De acordo com a análise feita pela consultora Moai para o movimento, a partir dos dados em bruto disponíveis no Portal da Transparência do Serviço Nacional de Saúde, além da quebra na atividade dos centros de saúde e hospitais, nos primeiros sete meses do ano verifica-se uma quebra de 16,8 milhões de atos convencionados em relação ao passado, nomeadamente menos 7,8 milhões (-36%) de atos de medicina física de reabilitação, como sessões de fisioterapia, menos 1,1 milhões de exames radiológicos, como ecografias, e menos 263 mil endoscopias gastroenterológicas, uma redução de 41% face à atividade nos primeiros sete meses de 2019.

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