Preço dos apartamentos usados cai ligeiramente. Rendas estão mais caras

Fundador da Casafari diz que o mercado do imobiliário continua a sentir o impacto da pandemia mas deve recuperar gradualmente até ao final do ano.

Os preços médios dos apartamentos usados em Portugal registaram uma quebra de 0,51% no terceiro trimestre deste ano mas, por outro lado, as rendas ficaram mais caras em Lisboa e Porto. Estes são os principais resultados do relatório da proptech portuguesa Casafari.

Segundo o estudo, o preço médio de venda de apartamentos recuou 8,38% em Lisboa atingindo os 3320 euros por m2, desceu 4,13% em Faro e caiu 0,82% no Porto, para 2128 euros por m2. Já Leiria e Aveiro registaram os aumentos mais acentuados, de 6,63% e 6,45%, respetivamente.

Os concelhos de Lisboa, Cascais e Oeiras surgem como os concelhos mais caros da Grande Lisboa, com os preços médios de venda mais elevados, 275 mil euros, 271 mil euros e 170 mil euros, respetivamente, enquanto os concelhos de Sobral de Monte Agraço, Arruda dos Vinhos e Cadaval surgem como os mais acessíveis, revelam os dados da Casafari.

A Norte, o concelho do Porto (278 mil euros), Matosinhos (236 mil euros) e Póvoa de Varzim (199 mil euros) destacam-se por serem os concelhos com o preço médio de venda mais caro. Amarante, Lousada e de Marco de Canaveses apresentam os preços médios mais baixos.

Já a Sul do país, são os concelhos de Loulé, Vila do Bispo e Lagos que contam com o preço médio de venda superior, enquanto Silves, Vila Real de Santo António e Alcoutim surgem como os preços médios mais acessíveis.

Em Lisboa, neste período, foi registado um aumento dos preços médios nas três tipologias (T1, T2 e T3), entre os 0,8% e os 3,6%, enquanto no Porto a tipologia T3 foi a única a verificar uma diminuição dos preços médios de venda, de 0,2%, tal como em Faro a tipologia T3 foi a única que recuou de preços, de 0,5%.

O distrito com o preço de venda mais elevado continua a ser liderado por Lisboa (336 mil euros), seguido por Faro (227 mil euros) e Porto (204 mil euros). Do lado contrário, Guarda (79 mil euros), Portalegre (82 mil euros) e Santarém (88 mil euros) mantêm-se como as zonas com valores mais acessíveis

E o arrendamento? Segundo a Casafari, Lisboa continua como o distrito onde a renda média é a mais elevada do país mas também o valor médio das rendas do Porto e Faro cresceu.

Em Lisboa, registou-se um aumento dos preços médios nas três tipologias (T1, T2 e T3), entre os 0,8% e os 1,6%, acontecendo o mesmo no Porto, com variações entre os 1,1% e os 10%, enquanto que em Faro a tipologia T1 foi a única que verificou uma diminuição de preços (-3,5%).

Já a o stock disponível mostrou um crescimento nestes três distritos.

“Os dados atuais já indicam alguns sinais de retoma, sobretudo no mercado de arrendamento em que tanto os preços médios como a oferta demonstram uma recuperação. O mercado imobiliário português sentiu e, de alguma forma, continua a sentir o impacto provocado pelo Covid-19, mas deverá continuar a recuperar gradualmente até ao final deste ano”, diz Nils Henning, fundador da Casafari.