O SOL apurou que estudo foi encomendado à Pitagórica pela agência de comunicação de João Tocha, a pedido de uma entidade privada. A agência de Tocha trabalha também com a direção do PSD, liderada por Rui Rio.
Além de Isaltino e de Carreiras, são igualmente avaliadas as potencialidades eleitorais de outros putativos concorrentes de Medina: o presidente do Automóvel Clube de Portugal, Carlos Barbosa, o jurista e ex-ministro (de Passos Coelho) Miguel Poiares Maduro e o antigo comissário europeu e atual administrador da Fundação Gulbenkian Carlos Moedas.
As conclusões do estudo deverão manter-se reservadas.
Recorde-se que Isaltino Morais – independente desde 2005 – foi quem, em 2001, enquanto coordenador autárquico do PSD, escolheu Rui Rio como candidato à Câmara do Porto, contra a vontade da distrital portuense, na altura liderada por Luís Filipe Menezes, que acabou candidato a Gaia. O PSD ganhou Porto e Gaia e, nas autárquicas em que obteria o seu melhor resultado de sempre em matéria de conquista de câmaras e de mandatos, garantiria também a vitória em Lisboa, com Pedro Santana Lopes a surpreender o incumbente João Soares.
Na sequência da pesada derrota eleitoral, António Guterres acaba por demitir-se de primeiro-ministro e de líder do PS, com a célebre justificação de não querer deixar o país «mergulhado num pântano». Ferro Rodrigues sucede-lhe na liderança do partido e Durão Barroso, após vencer as legislativas antecipadas imediatamente seguintes (em 2002), forma Governo em coligação com o CDS de Paulo Portas, sendo que Isaltino Morais entrega a Câmara de Oeiras a Teresa Zambujo para ocupar o cargo de ministro das Cidades, do Ordenamento do Território e do Ambiente.
David Justino e Ricardo Baptista Leite são outros dois nomes muito próximos de Rui Rio que também têm sido falados com insistência como hipóteses para Lisboa, sendo que o porta-voz para a Saúde tem reforçado a sua imagem com a pandemia.