Número de mortos em ataques de Viena sobe para cinco

Balanço anterior era de quatro mortos e 15 feridos.

Número de mortos em ataques de Viena sobe para cinco

Subiu para cinco o número de vítimas mortais nos ataques que ocorreram esta segunda-feira em Viena, Áustria, segundo o Ministério do Interior austríaco. 

"Infelizmente, uma nova vítima morreu no hospital. Isso eleva o número total de mortos para dois homens e duas mulheres", disse um porta-voz do ministério à agência de notícias AFP. A estas quatro mortes, soma-se a de um dos suspeitos.

O balanço feito anteriormente era de quatro mortes, incluindo o atacante, e 15 feridos, números que sobem agora também cinco e 17 pessoas, respetivamente, avança a agência de notícias Associated Press. Entre os feridos está um agente da polícia.

Numa série de seis tiroteios, o primeiro ataque começou por volta das 20h00 (menos uma hora em Lisboa) na sinagoga principal de Viena, que estava fechada na altura e fica numa rua central, próxima de uma zona muito frequentada com vários bares.

“Estávamos a comer e a beber, quando ouvimos os tiros. No começo pensámos que fosse fogo de artifício, mas ouvimo-los mais de perto e as pessoas reagiram com pânico", descreveu Petra, uma brasileira que estava no local na altura do ataque.

Também o rabino Schlomo Hofmeister contou à agência de notícias espanhola EFE que ouviu “100 tiros” logo no início do ataque. “Pelo menos um atacante disparou contra pessoas que estavam sentadas à frente de bares e restaurantes. As pessoas correram em pânico para dentro, mas o atacante seguiu-as e atirou lá dentro também", disse.

Os suspeitos deslocaram-se por vários pontos das cidades e várias pessoas, ao se aperceberem da situação, refugiaram-se em bares e restaurantes. Na Ópera de Viena, por exemplo, ou em salas de concerto como o Konzerthays ou o Musikverein, milhares de pessoas permaneceram lá dentro sob escolta policial.

Na altura, a polícia montou um grande dispositivo de segurança para localizar pelo menos um terrorista, que acabou por fugir.

Segundo escrevem as autoridades no Twitter, o suspeito que acabou por ser morto pela polícia “estava armado com uma espingarda e outras armas” e “parecia estar a usar um colete de explosivos que, afinal, era falso”.

A mesma fonte adianta que a equipa da SWAT já efetuou buscas no apartamento do presumível atacante e que, neste momento, está a ser feita a avaliação de vários vídeos e fotografias captados durante os acontecimentos.

 

 

"Estou feliz que os nossos polícias já tenham eliminado um dos autores. Nunca seremos intimidados pelo terrorismo e lutaremos contra esses ataques com todos os meios", declarou Sebastian Kurz, chanceler austríaco, que considerou os tiroteios como "ataques terroristas nojentos".

 

 

A polícia austríaca adiantou entretanto na mesma rede social que se tratou de um “ataque com um motivo islâmico", informação confirmada pelo ministro do Interior austríaco.

"É uma pessoa radicalizada que se sentia próxima do EI", disse Karl Nehammer, quando se referia ao suspeito morto pela polícia.

O governo apelou às pessoas para não saírem de casa, só apenas quando necessário, por considerar que a situação de perigo ainda se mantém.

A Alemanha já reforçou o controlo na fronteira com a Áustria, o que as autoridades alemãs consideram ser uma “prioridade tática”, como disse um porta-voz da polícia à agência de notícias AFP.

Angela Merkel já reagiu aos ataques dizendo que o “terrorismo islâmico é “um inimigo comum”, uma vez que, segundo adiantam as autoridades e o ministro do Interior austríaco um dos atacantes era “um simpatizante” do Estado Islâmico.

"Não podemos excluir que haja mais agressores", sublinhou, durante conferência de imprensa, o responsável da Polícia de Viena, Gerhard Pürstl.

Este é o primeiro ataque na capital da Áustria em 35 anos, tendo o último ocorrido em 1985, onde foram mortas três pessoas e 39 ficaram feridas pelo grupo palestiniano Abu Nidal.

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Notícia atualizada às 10h06