Carreiras. Ataques de Rio “não são cadastro”, mas enriquecimento de currículo

Presidente da Câmara de Cascais reage a entrevista do líder do partido e as críticas que lhe foram dirigidas. “Ataques que vindos de Rui Rio não são cadastro, são enriquecimento de curriculum”, escreveu na rede social Facebook, depois de Rui Rio ter considerado que Carlos Carreiras foi “o primeiro responsável pela desgraça de 2017”, leia-se…

A histórica começou com um artigo de opinião de Carlos Carreiras, presidente da câmara de Cascais, no jornal i, a defender que a estratégia do líder do PSD é inexistente para as autárquicas de outubro. Mais, o facto de ter pedido o seu adiamento e tal possibilidade não ocorrer, então pode ser já um argumento para justificar um mau resultado. Na resposta, Rui Rio, afirmou esta quinta-feira, numa entrevista ao Observador, que Carlos Carreiras " é o pior, é o mais incompetente nisso. Foi primeiro responsável pela desgraça de 2017 e nem tem a humildade. Não recebo críticas com quem fez um desastre". De realçar que o edil foi o coordenador nessas eleições. Ora, o autarca de Cascais já respondeu também, via rede social Facebook.

"Agradeço a Rui Rio ter-me feito um ataque vil e pessoal, juntando-me a um outro ataque a um outro Presidente de Câmara que reputo de grande competência, Rui Moreira. Ataques que vindos de Rui Rio não são cadastro, são enriquecimento de curriculum", escreveu Carlos Carreiras. Isto porque Rio também considerou Rui Moreira, autarca do Porto, alguém que não é "confiável". Em causa estava a confirmação de que o PSD e o autarca não se entenderam sobre a candidatura no Porto.

As farpas de Rio foram entendidas por Carreiras como uma forma de chamar incompetentes também a " todos os responsáveis concelhios e distritais em funções nas últimas eleições autárquicas que, pelos estatutos do PSD, são os responsáveis pelas escolhas dos candidatos autárquicos do partido". Por fim, Carlos Carreiras lembra que Rio " tem vindo a demonstrar que lida mal com estatutos e prefere decisões arbitrárias por si assumidas". Mais: "Não deixa de ser sintomático que o título [na entrevista] seja um ataque de carácter a um companheiro de partido. Muito revelador de que matéria é feita este senhor".