Ventura diz que Chega vai responder “com presença na rua” a tentativa de ilegalização do partido

“Não vos quero dar, neste momento, mais detalhes em relação ao que estamos a preparar, mas vamos fazer uma grande, grande concentração na rua, numa data a revelar em breve, contra esta vil, ignóbil, inacreditável e antidemocrática tentativa de ilegalizar um partido”, disse Ventura.

André Ventura disse, este sábado, que o Chega vai responder "muito veementemente" à tentativa de ilegalização do partido, promovida por Ana Gomes. O líder do Chega anunciou que a resposta vai ser dada com "presença na rua".

"Quero deixar claro aqui, hoje, que o Chega vai responder muito veementemente, muito veementemente, com presença na rua em relação a esta situação e que vamos responder com toda a nossa força a um dos maiores atentados à democracia desde o 25 de Abril", afirmou Ventura, à margem de um encontro com militantes do partido em Santa Cruz, na ilha da Madeira.

"Nós não temos nada a esconder, estamos perfeitamente à vontade", acrescentou o presidente do Chega.

De realçar que as declarações de Ventura surgem depois de, na sexta-feira, Ana Gomes referir, no Jornal 2 da RPT2, que a polícia europeia Europol estava disponível para apoiar as autoridades portuguesas, caso solicitem, numa eventual investigação ao Chega.

"Eu queria repudiar veementemente as declarações da dra. Ana Gomes em relação à eventual ilegalização do Chega e uma eventual colaboração policial internacional que estará em curso para ilegalizar o Chega ou para investigar o Chega", disse, considerado que se trata de uma "ofensiva sem paralelo na história de democracia".

"Não vos quero dar, neste momento, mais detalhes em relação ao que estamos a preparar, mas vamos fazer uma grande, grande concentração na rua, numa data a revelar em breve, contra esta vil, ignóbil, inacreditável e antidemocrática tentativa de ilegalizar um partido que foi aceite no Tribunal Constitucional, que foi a votos, que tem representação no parlamento nacional, que tem representação no parlamento regional dos Açores", afirmou, revelando depois que a concentração irá decorrer no mês de março.

"Pretendemos dizer ao poder político em Portugal, ao poder judicial, ao poder público que não se ilegaliza meio milhão de pessoas, não se ilegaliza um dos maiores partidos portugueses, que não se remete à clandestinidade um partido que está a fazer tanto pela luta das pessoas de bem", acrescentou.

"Eu pensava que a clandestinidade estava nos livros de história em Portugal, mas aparentemente não está. Está na nossa realidade no dia a dia e, portanto, nós vamos responder muito veementemente a isso, com todas as forças, com tudo o que pudermos ainda neste mês de março", assegurou.

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