Lacerda Machado e Esmeralda Dourado demitem-se da TAP

Os dois gestores não executivos anunciam saída para final de abril. Continua por confirmar o nome do novo CEO da companhia.

Diogo Machado Lacerda e Esmeralda Dourado estão de saída da TAP. Os dois gestores não executivos da companhia aérea apresentaram demissão ao presidente do conselho de administração, Miguel Frasquilho, com efeitos a partir do final do mês de abril. Este período permitirá que Diogo Machado Lacerda e Esmeralda Dourado ainda participem no fecho de contas da empresa referente a 2020. Esta é a terceira saída da TAP anunciada em poucas semanas, depois da demissão da administradora não executiva Ana Pinho.

Recorde-se que o mandato do atual conselho de administração da TAP terminou no passado dia 31 de dezembro, mas o processo de negociação do plano de reestruturação, que decorre em Bruxelas, tem vindo a adiar sucessivamente a realização de uma assembleia geral eletivas, tendo em vista formalizar a constituição de uma nova equipa à frente da companhia. A reunião terá lugar ainda em março ou, o mais tardar, no início de abril.

Diogo Lacerda Machado, um assumido entusiasta da aviação, é advogado e também conhecido por ser o melhor amigo do primeiro-ministro António Costa. Foi figura decisiva para a reversão da privatização da companhia, em 2015, que levou o Estado português a ficar com 50% do capital da TAP, com o consórcio Atlantic Gateway de David Neeleman e Humberto Pedrosa a deter 45% (e os trabalhadores os restantes 5%).

 

CEO (ainda) por confirmar

Entretanto, o Governo continua à procura de um nome para o cargo de presidente da comissão executiva da TAP – e que vai substituir o CEO interino Ramiro Sequeira. O i apurou que, ao contrário das notícias vindas a público nas últimas horas, ainda nada está fechado. O processo continua a decorrer, conduzido pela multinacional norte-americana Korn Ferry, especializada em recrutar diretores e presidentes em todo o mundo.

O nosso jornal confirmou, porém, que o gestor alemão, Albrecht Binderberger, foi, de facto, contratado e integra uma pequena lista de nomes que podem assumir a liderança executiva da TAP, após a aprovação pela Comissão Europeia do plano de reestruturação da companhia aérea.