Groundforce. “Nacionalização seria má”, diz Pedro Nuno Santos

Pedro Nuno Santos defendeu pedido de insolvência da Groundforce pela TAP e afirmou que a mesma “não é sinónimo de falência”. Groundforce reagiu em comunicado alertando que, “com o pedido de insolvência, caem por terra todos os esforços que temos feito para salvar a empresa”. 

O ministro Pedro Nuno Santos reafirmou esta terça-feira no Parlamento que  o Governo considera que “a nacionalização [da Groundforce] seria má” opção, pois permitiria “gerar litigância” com o acionista privado Alfredo Casimiro – que detém 50,1% da empresa de handling do grupo TAP –, levando este a poder “exigir uma indemnização ao Estado, que o Estado entende que ele não tem direito”.  “A nacionalização não resolvia problema da Groundforce, resolvia sim o problema a Alfredo Casimiro”, reforçou o titular da pastas da Infraestruturas e Transportes, ouvido na comissão parlamentar de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação.

Pedro Nuno Santos voltou a defender a insolvência da Groundforce pedida, na semana passada, pela TAP – que detém 49,9% da empresa –, por considerar ser este “o culminar de uma situação insustentável”. O governante referiu, porém, que insolvência “não é sinónimo de falência” e que o Executivo não tem “nenhuma intenção de encerrar a Groundforce e despedir trabalhadores”.

A Groundforce reagiu em comunicado alertando que, “com o pedido de insolvência, caem por terra todos os esforços que temos feito para salvar a empresa”. A nota sublinha que a Groundforce pode, desta forma, ter comprometido “o pagamento dos salários de maio aos trabalhadores” e ver dificultada “a operação de venda que se encontra em curso com diversos players internacionais do setor” para a venda da parte detida pela Pasogal de Alfredo Casimiro.